Bolsonaro sobre cobranças para que se vacine: “Deixa eu morrer”

O presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou nesta quinta-feira (31/3) de pessoas que pedem que ele tenha “calma”, e disse que vai continuar sem usar máscara e não deverá se vacinar contra a Covid-19.

“Pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão. Não pode você ter ao teu lado conselheiros dizendo o tempo todo: ‘Calma, calma. Espere o momento oportuno’. Calma é o cacete, pô!”, iniciou ele em discurso na cerimônia de despedida dos ministros que irão se candidatar nas eleições.

“Posso perder muita coisa na minha vida, mas não a minha honra. Eu não vou perder aquilo que é fantástico para mim, como é para o Neymar quando faz um gol: estar no meio do povo. Mesmo com as críticas que muitas vezes o general Heleno, que já perdeu a paciência, vem pra cima de mim: ‘Se segura’. Eu tenho que estar no meio do povo. Inclusive, Queiroga, sem máscara. O problema é meu, a vida é minha. ‘Ai, não tomou vacina.’ Tem gente que quer que eu morra e fica me enchendo o saco para eu tomar vacina. Deixa eu morrer.”

O momento arrancou risadas da plateia, inclusive do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Assista:

“Tem gente que quer que eu morra e fica me enchendo o saco pra tomar vacina. Deixa eu morrer!”, diz

Cerimônia de despedida

Por causa da data-limite estabelecida pela Justiça Eleitoral para desincompatibilização de cargos públicos (2 de abril), no caso de quem quer concorrer às urnas, nove ministros do governo Jair Bolsonaro desembarcaram de suas funções. Seus nomes foram publicados na edição desta quinta do Diário Oficial da União.

Além deles, outros personagens importantes também deixam a Esplanada, como o secretário especial da Cultura, Mario Frias; o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo; o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem; e o secretário da Pesca, Jorge Seif.

Depois de formalizadas as trocas, foi realizada no Palácio do Planalto uma cerimônia conjunta de despedida dos ministros-candidatos, que discursaram.

O evento foi prestigiado por um grupo grande de deputados, senadores e apoiadores do presidente. Entre eles, estava o deputado Daniel Silveira (União-RJ), que ainda não está usando tornozeleira eletrônica, apesar de determinação do ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Silveira recentemente voltou atacar ministros da Corte durante eventos do qual participou após ter deixado a prisão, em novembro do ano passado.

O evento foi prestigiado por um grupo grande de deputados, senadores e apoiadores do presidente. Entre eles, estava o deputado Daniel Silveira (União-RJ), que ainda não está usando tornozeleira eletrônica, apesar de determinação do ministro do Supremo Alexandre de Moraes. Silveira recentemente voltou atacar ministros da Corte durante eventos do qual participou após ter deixado a prisão, em novembro do ano passado.

 

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