Covid-19: casos sobem 82% em uma semana nas farmácias do país

Os casos de Covid-19 nas farmácias do país subiram 82% em uma semana, mostra levantamento da Associação Brasileira de Redes de farmácias e Drogarias (Abrafarma), obtido com exclusividade pelo GLOBO. Os dados são referentes à comparação dos diagnósticos de 18 a 24 de abril com os da semana anterior, do dia 11 ao 17. A taxa de positividade — percentual dos testes com resultado positivo — foi de 15,3% no período, um aumento de 59% em relação ao índice de 9,65% detectado na semana anterior.

Segundo o levantamento, foram realizados 67.314 testes em farmácias e drogarias brasileiras na terceira semana de abril, dos quais 10.307 deram positivo para a doença. Na semana anterior, foram detectados 5.677 resultados positivos, quase metade.

Os números mostram uma retomada para os patamares do meio para o fim de março, quando a taxa de positivos estava em 15,33%. Desde então, o índice caiu para 7,28% na última semana de março, mas voltou a subir em abril. Em comparação dos dados de 28 de março a 3 de abril com os números de 18 a 24 de abril, houve um aumento na positividade de 110%.

Os números, no entanto, seguem distantes daqueles registrados no pico da variante Ômicron no Brasil. Em janeiro, por exemplo, a taxa de positivos chegou a 39,87% dos testes, e a 30,51% no mês seguinte.

Além do aumento nos casos das farmácias, o país chegou ontem ao quarto dia de alta nas mortes pela Covid-19, com um aumento de 24% em relação ao cálculo de duas semanas atrás, segundo o boletim do consórcio de veículos de imprensa. Ainda assim, especialistas ressaltam que o índice está em patamar considerado baixo, com cerca de 126 óbitos por dia. Além disso, o número de casos oficiais registrados pelas secretarias de saúde estaduais segue em estabilidade em âmbito nacional.

Como mostrou O GLOBO, especialistas acreditam que pode estar havendo uma subnotificação dos diagnósticos no país, já que cada vez menos pessoas buscam os testes. Segundo a Abrafarma, nas farmácias do país, a procura caiu 81% entre janeiro e março deste ano. No entanto, eles afirmam que ainda não é um cenário para maiores preocupações e chamam atenção para a importância de se intensificar a cobertura vacinal com a dose de reforço.

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