Das redes sociais para o Acre: o amor de Juliana e Kelly rompe as barreiras da distância

Tudo começou nas redes sociais, uma tentando se curar de uma “dor de cotovelo” e a outra oferecendo o ombro amigo. Entre bate-papos, descobertas diárias de afinidades e muitas noites dormindo juntas por meio de videoconferência, a estudante de Administração Juliana Maia e a técnica de enfermagem Kelly Linhares, acordaram para uma relação séria, que vai muito além da amizade e que tem a bênção da família.

A distância inicial não foi um problema para as meninas, que usaram com força de vontade a tecnologia em favor da relação. Difícil é calcular quantas horas ao telefone, em videoconferências e mensagens de carinho. “Mas a gente sempre teve a vontade de viver juntas. Começamos a namorar à distância e eu tive a iniciativa de ir lá, na real, com um buquê de flores nas mãos”, contou.

Juliana chegou de surpresa, com uma encenação pronta para arrebatar o coração da mineira. “Eu tinha a certeza que seria ela! Eu já tinha em mente que queria fazer uma surpresa, só não sabia o que. Então, junto com o Igor, melhor amigo dela, comprei um buquê de rosas vermelhas, um par de alianças com o nosso nome e a data do nosso namoro e me escondi no quarto até que ela chegasse”, lembrou.

“Foi engraçado porque ela chorava muito. Eu fingi que tinha terminado com ela para ter uma desculpa pra viajar do Acre até Minas sem que ela descobrisse a surpresa. Eu passei 24 horas pra chegar lá”, disse Juliana. Confira o vídeo da surpresa:

Depois dessa atitude da acreana, a mineira foi arrebatada pelo amor verdadeiro. Hoje elas vivem em Rio Branco, moram com a mãe de Juliana e não sabem o que é enfrentar preconceitos por conta da relação homoafetiva. “A família dela aceita e eu amo a família dela. A minha mãe ama mais ela do que a mim (risos), inclusive. A minha mãe faz tudo por ela, é super apegada e gosta da convivência com a gente”, afirma Juliana.

Ainda bem que aos poucos as barreiras do preconceito vêm sendo quebradas pelo amor! E vale lembrar que a paixão de Kelly não é somente pela namorada, opa, noiva, porque já tem aliança e tudo. A culinária acreana já está no coração da mineira, que não dispensa um tacacá.

Culinária acreana é a segunda paixão de Kelly. Foto cedida

Outro ponto positivo da relação de Kelly e Juliana é a preferência pelo bom diálogo quando existem as divergências. “Diálogo sempre! Nesses mais de três anos de relação, nunca brigamos. Sempre conversamos e achamos válido tudo o que a outra sente. A gente não invalida o sentimento uma da outra”, garantiu a acreana.

Momentos felizes. Foto cedida

Vivendo uma vida feliz, cuidando uma da outra, valorizando as relações familiares e de amizade. Assim se constrói o amor, em terreno sólido, coberto por felicidade e harmonia. E mesmo que tudo tenha acontecido “rápido demais”, como admite a própria Juliana, elas não se desgrudam por nada.

Elas não se desgrudam. Foto cedida

Elas têm muito a viver pela frente e pelo compromisso e respeito que empregam à relação, que o caminhar seja sempre com amor. Como no Dia das Namoradas não pode faltar a declaração, segura coração!

De Juliana, a acreana de atitude, para Kelly, sua amada:

“Ter a Kelly comigo é a certeza de que depois de um dia cansativo eu tenho um aconchego, um colo. É ter a certeza que tudo vai ficar bem, ela me traz paz e ilumina meus dias mais sombrios, quando acontece algo bom/mau é pra ela que eu quero contar logo… eu sou muito sortuda por tê-la comigo. Ela é o sol”.

De Kelly, a apaixonada pelo Acre, para o seu amor Juliana:

“Ter a Juliana na minha vida representa coragem, força, gratidão, persistência, amor, empatia… porque relacionamento não é fácil, ainda mais na distância que a gente tem entre Minas e Acre. A gente vence a cada dia essa dificuldade porque uma trabalha de um lado, a outra de um outro e a gente vai regando o nosso amor dia a dia para fazer tudo dar certo. Ter a Juliana comigo me ensina diariamente a ser uma pessoa melhor, e eu espero que ela também aprenda comigo a ser uma pessoa melhor. Antes de conhecê-la, não sabia o que era amor de verdade”.

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