O governo tem visto com muita preocupação o aumento e a gravidade dos casos de crianças vítimas de doenças respiratórias. A secretaria de Estado de Saúde do Acre, Paula Mariano, disse ao ContilNet que os leitos de UTI da principal unidade de referência para os pacientes infectados com o coronavírus, o Instituto de Traumatologia e Ortopedia do estado (Into-AC), podem ser utilizados em caso de necessidade.
Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (8), no auditório do Pronto-Socorro, Paula Mariano expôs o problema. “O Acre, assim como outros 16 estados do país, tem registrado um aumento do número de casos de síndromes respiratórias nos últimos meses. De abril até a presente data foram 96 casos notificados de crianças que precisaram passar por internação no Pronto-Socorro de Rio Branco e outras nove que foram a óbito com idades entre 2 meses e 4 anos”, destacou.
A secretária garantiu que todas as medidas estão sendo tomadas dentro das principais unidades de saúde do Acre. Um alerta também foi feito à população acreana, para a manutenção e reforço dos cuidados com a saúde das crianças.
Ampliação de Leitos:
No Hospital de Saúde da Criança (HSC), além dos 48 leitos de enfermaria existentes e nove leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), foram criados mais 10 leitos na ala semi-intensiva. Já no Pronto-Socorro da capital, além dos dois leitos de emergência pediátrica e oito leitos de observação, foram ampliados oito leitos na ala de clínica cirúrgica e quatro leitos na ala semi-intensiva, com possibilidade de aumentar, caso haja necessidade.
“É importante frisar que a Saúde não deixou de dar assistência a nenhuma criança. São nossa prioridade e esse cuidado também é uma determinação do nosso governador. Temos uma equipe multidisciplinar, equipamentos e medicação necessária parar dar suporte a quem busca por atendimento em nossas unidades. Não posso dizer que temos leitos suficientes, porque todos os estados do país enfrentam o mesmo problema, mas estamos ampliando e dando suporte necessário, sem negar atendimento a nenhum paciente”, destacou Mariano.
O que são síndromes respiratórias:
São infecções que atingem o sistema respiratório e podem ser causadas por diferentes tipos de vírus. Os mais conhecidos são: Influenza, SARS-CoV-2, adenovírus, rinovírus e o vírus sinsicial respiratório. É preciso saber diferenciar a gripe de uma síndrome respiratória aguda. Quando a febre, calafrios, dores musculares, tosse, dor de cabeça, corrimento nasal, dor de garganta, forem associados a falta de ar, cansaço e baixa oxigenação no sangue é preciso procurar imediatamente uma unidade de saúde.
Quais as formas de prevenção?
Além da imunização anual, é importante tomar outros cuidados como higienizar frequentemente as mãos; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, usando lenço ou protegendo com a dobra do braço; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe; e adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Vacinação contra a Influenza
O Ministério da Saúde prorrogou até o dia 24 de junho a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Entre os grupos prioritários estão as crianças de 6 meses a menores de 5 anos. Os pais ou responsáveis podem procurar as unidades de saúde do município, munidos da carteira de vacinação e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), para obterem a imunização.