Níveis de Síndromes Respiratórias Agudas Graves continuam a preocupar no Acre, afirma Fiocruz

O último Boletim semanal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que cobre o período de 8 de agosto a 3 de setembro, aponta para estabilidade ou não crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado, após ascensão por 4 semanas consecutivas.

O nível ainda é considerado alto. No Brasil, há Sinal de queda nas tendências de longo prazo (últimas 6 semanas) e de curto prazo (últimas 3 semanas).

Situação nacional

Casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), independentemente de presença de febre:

• Referente ao ano epidemiológico 2022, já foram notificados 231.613 casos de SRAG, sendo 113.413 (49,0%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 93.259 (40,3%) negativos, e ao menos 14.396 (6,2%) aguardando resultado laboratorial.
Dentre os casos positivos do ano corrente, 4,3% são Influenza A, 0,1% Influenza B, 9,0% vírus sincicial respiratório (VSR), e 79,4% SARS-CoV-2 (COVID-19). Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 3,4% Influenza A, 0,2% Influenza B, 6,5% vírus sincicial respiratório, e 68,0% SARS-CoV-2 (COVID-19).

• O crescimento em crianças e adolescentes, iniciado na virada de julho para agosto, já dá sinais de interrupção ou reversão para queda em diversos estados do país, se refletindo na curva nacional. Dados laboratoriais não indicam associação com a COVID-19, sugerindo efeito de outros vírus respiratórios comuns ao ambiente escolar, possivelmente por conta da retomada das aulas após o período de férias.

• Na presente atualização, apenas Amapá, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraíba, Piauí e Roraima apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Em todos esses estados o crescimento recente se concentra na população de 0 a 17 anos de idade, não sendo observada na população adulta, ou é compatível com cenário de oscilação.

• Entre as capitais, 11 das 27 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Belém (PA), Boa Vista (RR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Palmas (TO), Recife (PE), Salvador (BA), Teresina (PI) e Vitória (ES), embora na maioria compatível com cenário de oscilação.

• Total de 43 macrorregiões de saúde em nível pré-epidêmico; 16 em nível epidêmico; 56 em nível alto; 3 em nível muito alto; e 0 em nível extremamente alto.

• Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,4% Influenza A, 0,2% Influenza B, 6,5% vírus sincicial respiratório, e 68,0% SARS-CoV-2 (COVID-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,9% Influenza A, 0,0% Influenza B, 0,9% vírus sincicial respiratório (VSR), e 93,4% SARS-CoV-2 (COVID-19).

O que é SRAG?

A Organização Mundial da Saúde monitora doenças com capacidade de se alastrar rapidamente de um país para outro, incluindo infecções que possam resultar em síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

Dentre os principais agentes etiológicos que resultam em SRAG, estão os vírus (influenza A, dengue, vírus sincicial respiratório, adenovírus, hantavírus e coronavírus), e outros agentes (pneumococos, outras bactérias, Legionella sp., leptospirose, etc.).

O surgimento da pandemia de gripe ocasionada por um novo subtipo de vírus fez com que as populações e os profissionais de saúde se deparassem com novos desafios, no sentido de conter a rápida disseminação e realizar o tratamento adequado dos doentes.

Atualmente, o Brasil apresenta transmissão sustentada da doença e, por isso, é necessário que seja otimizado a vigilância da influenza no País.

Considera-se caso suspeito de SRAG todos os indivíduos de qualquer idade com doença respiratória aguda caracterizada por febre superior a 38ºC, tosse e dispneia, acompanhadas ou não de dor de garganta ou manifestações gastrointestinais.

Além disso, devem ser observados os seguintes sinais e sintomas: aumento da frequência respiratória (>25 rpm) e hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente. Em crianças, acrescentam-se os seguintes sintomas: batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.

Atenção especial deve ser dada a essas alterações em pacientes com fatores de risco (gestantes, 60 anos, comorbidades, imunosupressão) para a complicação por influenza.

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