Secretário de Segurança do Acre fala sobre confronto entre facções e aponta solução

A presença de facções criminosas no Acre e os conflitos gerados pela competição das rotas e locais de domínio do tráfico tem gerado impactos sociais de grandes proporções. Para o secretário de Justiça e Segurança Pública, coronel Paulo Cézar Rocha dos Santos, o caminho para acabar com o crime organizado é gerar emprego. O gestor concedeu entrevista ao ContilNet nesta quinta-feira (6).

“Mesmo com a atuação das forças de Inteligência das polícias, os crimes ligados às organizações criminosas continuam acontecendo em todo o território nacional. Precisamos investir em monitoramento, combate e repressão, mas precisamos principalmente gerar emprego e renda para esses jovens”, disse o secretário.

Entre os inúmeros casos registrados, a guerra entre as organizações criminosas fizeram uma vítima na cidade de Sena Madureira, na noite desta terça-feira (4). A idosa Zélia Efigência Liberalino do Carmo, 65 anos de idade, residente no Bairro da pista foi atingida por uma bala perdida na cabeça quando se preparava para ir à igreja.

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Já nesta quinta-feira (6), Josimar Amorim do nascimento, de 34 anos, vulgo ‘Nola’, foi morto a tiros e o amigo da vítima identificado como Raylan Costa Oliveira, 24 anos, também ficou ferido dentro de um apartamento localizado no bairro Eldorado, as margens da BR-317, no município de Brasileia, no interior do Acre.

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O secretário acredita que ações como o programa Acre pela Vida, criado no governo Gladson Cameli e organizado pelo sistema integrado de segurança pública com o apoio de várias instituições públicas como Ministério Público (MPAC), Poder Judiciário e demais entidades particulares podem auxiliar e muito no combate às organizações criminosas.

“O Acre pela Vida tem cumprido um papel relevante no Estado, pois é por meio do entretenimento, lazer e cultura que são geradas consequências positivas no futuro. Depois que o programa foi implementado, houve uma redução nos números de homicídios em várias regiões da capital. Tal dado foi registado no Monitor da Violência, índice nacional, que tem como base 26 estados, mais o Distrito Federal”, comentou o coronel Paulo Cézar.

“Quando entramos no sistema, tinha 649 socioeducandos, hoje nem 200 estão internados e isso mostra que o projeto tem dado resultados. Temos números que mostram essa redução da criminalidade a partir de ações que não são necessariamente de repressão e combate”, complementou.

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