O discurso de meia hora de Fernando Haddad em evento da Febraban, a Federação Brasileira de Bancos, trouxe os quatro principais pilares do pensamento econômico do governo Lula 3.
Prioridade, o primeiro pilar trata da reforma tributária com o avanço de projetos que já contam com apoio entre o setor privado, governadores e Congresso Nacional. Ele citou especialmente a PEC 45, que tenta simplificar os impostos sobre consumo. Depois, a reforma tributária continuaria com a mudança de impostos sobre renda e patrimônio.
O segundo pilar quer melhorar a gestão do gasto público. Ao citar a perda da eficiência e da qualidade de programas sociais, Haddad defendeu que é possível fazer mais com menos. E deu como exemplo o Auxílio Brasil. “O Bolsa Família conseguiu acabar com a fome no Brasil com 0,5% do PIB. Hoje, o programa tem 1,5% do PIB e não consegue resolver o problema”.
O terceiro pilar da agenda econômica a partir de 2023 trata do que Haddad chama de “aspectos essenciais para o desenvolvimento”, como o investimento em educação e ciência e tecnologia. Na educação básica, o ex-ministro reconhece que o Brasil já gasta bastante quando comparado aos países ricos, mas é possível melhorar o resultado desse gasto.
Para terminar, Haddad diz que o novo governo quer melhorar as relações do Executivo com os outros poderes. Segundo o ex-prefeito de São Paulo, Lula quer virar a “página da guerra entre Presidência e demais poderes”.