Aluno da Ufac fica sem dinheiro para comida e transporte após corte

Alunos da Universidade Federal do Acre (Ufac) começam a sentir o impacto do bloqueio de R$5,4 milhões no orçamento geral feito pelo Ministério da Educação (MEC). Um deles é Elias da Silva, acadêmico do 7º período do curso de Artes Cênicas: Teatro, que já não recebeu o valor da bolsa de residência pedagógica.

Elias é estudante de Artes Cênicas/Foto: Reprodução

Os cortes afetam o pagamento de serviços essenciais da Universidade, como bolsas, auxílios, contratos de limpeza, luz, água, telefone, vigilância, fornecedores do Restaurante Universitário (RU), entre outras, que já estão suspensos por conta da falta de verba.

Ao todo, 3.236 bolsas e auxílios de estudantes foram afetados. Quase 80% desses alunos estão em vulnerabilidade social e serão impactados diretamente pelos cortes.

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Segundo Elias, o programa que ele participa iniciou a pouco tempo, junto com este período letivo na Ufac, mas que já sofreu com corte, pois recebeu apenas uma parcela do primeiro mês da bolsa de Residência Pedagógica e este mês não recebeu nenhum valor.

Além disso, outro setor da vida de Elias também deve ser atingido: a alimentação e o transporte, visto que o acadêmico recebe Auxílio Passe Livre, que garante o apoio financeiro para custeio de gastos com transporte coletivo urbano até a Universidade, além das refeições no RU, que também pode ser fechado.

Elias contou ao ContilNet que nos períodos em que não consegue bolsas ou auxílios, ele recorre à mãe em Xapuri, que tenta ajudá-lo pedindo dinheiro emprestado, pois ela não trabalha e recebe apenas o valor do Auxílio Brasil.

“Eu faço todas as minhas refeições no RU, café da manhã, almoço e janta, até mesmo nos sábados que eu não tenho aula, eu vou para a Ufac para tomar café e almoçar. Eu consegui um local alugado próximo à Universidade, no valor de R$450,00, mas consegui negociar para ficar nos R$400, que é o valor da bolsa, mas sem ela, preciso recorrer a minha mãe novamente, que não tem como me ajudar, mas busca ajuda”, explica Elias.

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