Centenas de turistas estrangeiros ficaram bloqueados nesta quarta-feira na região da cidadela inca de Machu Picchu depois que a circulação dos trens foi suspensa por causa das manifestações que exigem eleições gerais e a libertação do ex-presidente Pedro Castillo, que foi destituído e preso após sua tentativa fracassada de golpe de Estado, em 7 de dezembro. Os visitantes estão bloqueados na cidade de Aguas Calientes, aos pés da montanha onde se ergue a joia do turismo peruano.
– Não podemos voltar para Cusco e seguir para outro país devido aos protestos. Estou com crianças, para mim é um problema – disse à AFP a turista isralense Gale Dut.
Segundo a prefeitura de Machu Picchu, 779 turistas de diferentes nacionalidades estão retidos na região.
– Eu tinha que ter saído de Cusco ontem [terça] e pegado um voo até Lima para voltar para casa, mas a situação não está clara no momento – disse um turista belga que se identificou como Walter.
O serviço ferroviário entre Cusco e Machu Picchu está suspenso desde terça-feira, quando os protestos se intensificaram e ficaram mais violentos em Cusco, com tentativas de tomar o aeroporto internacional da cidade.
Darwin Baca, prefeito de Machu Picchu Pueblo, cujo nome original é Aguas Calientes, pediu ao governo central apoio humanitário, com helicópteros, para retirar da cidade os turistas de Estados Unidos, México e Espanha.