Marina retoma programa que reduziu 80% do desmatamento na Amazônia

Durante o período que esteve a frente do Ministério do Meio Ambiente, entre 2003 e 2008, Marina Silva conseguiu reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia. O responsável pela redução foi o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM), criado pela acreana em 2004.

Agora, 14 anos depois, a ministra retorna ao comando do MMA e anunciou nesta terça-feira (10) que o PCCDAM está de volta e que deverá abranger todos os biomas brasileiros.
“Vamos desenvolver ações específicas também na Mata Atlântica, no Cerrado, na Caatinga, no Pampa e no Pantanal”, disse.

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Segundo Marina, o programa é necessário para que o país possa enfrentar o desmatamento e conseguir reduzir as emissões de gás carbônico, “conforme previsto no Acordo de Paris”.

Sobre o PPCDAM

Lançado em março de 2004, o PPCDAM conseguiu reduzir as taxas anuais de desmatamento de um patamar de 20.000 km² para entre 6.000 – 7.000 km² entre 2005 e 2016. O programa conseguiu envolver 13 ministérios e uma força tarefa para tentar reduzir os índices de desmatamento no país, foi criada.

Além da fiscalização de crimes ambientais, o PPCDAM focava em monitoramento e controle ambiental, ordenamento fundiário e territorial e apoio a entidades que realizavam trabalhos sustentáveis.

O programa criou 40 novas unidades de conservação na Amazônia, em 26 milhões de hectares, um aumento de 76%. Foi com o PPCDAM que o Deter foi criado, um sistema de monitoramento de desmatamento, via satélite, crucial para fornecimentos das taxas anuais de devastação.

O PPCDAM foi paralisado e encerrado durante o governo Bolsonaro, em 2020, pelo ex-ministro Ricardo Salles, gestão responsável por aumentar em 73% as taxas de desmatamento do país, algo que não se via desde 2006.

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