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“Olhei para meus pés, e ele estava no chão”, diz empresária sobre jovem morto em boate no Acre

Por MARIA FERNANDA ARIVAL, DO CONTILNET

Rafael Frota morreu após ser baleado na boate/Foto: Reprodução

A empresária acreana Yasmin D’anzicourt foi a terceira testemunha deste segundo dia de julgamento, nesta quarta-feira (25), do Caso Rafael Frota, em que o policial federal é acusado de matar o estudante em uma boate de Rio Branco, em julho de 2016.

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Na oitiva, Yasmin confirmou que conhece Victor e que costumava se encontrar com o policial federal em festas. 

empresária acreana de 28 anos Yasmin D’anzicourt. Foto: Reprodução

“Sempre foi uma pessoa muito tranquila, mas nunca tivemos uma relação de afeto, além da amizade. Eu nunca viajei com Victor, nunca tive costume de marcar saídas com ele, sempre nos encontrávamos nas festas, trocávamos mensagens para saber para onde iríamos com os amigos em comum”, disse Yasmin.

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A testemunha relembrou a noite em que Rafael foi atingido com um tiro. “Eu cheguei na boate com amigos e foi tudo muito rápido. Encontrei com o Victor minutos antes do acontecido. Tivemos uma conversa breve e super normal. Victor estava sóbrio, super são e não recordo dele ter bebidas na mão. Super tranquilo, assim como sempre o encontrei nos demais lugares”, relembrou.

Yasmin disse que após a conversa, virou para falar com um outro grupo de amigos e, 5 minutos depois, todo mundo começou a se abaixar e ir para a cabine do DJ.

“Eu vi o Victor no chão com a mão na virilha, acredito que por ter sido baleado, mas só depois eu vi isso. Em seguida, um homem muito alto de camisa vermelha, pegou a arma, inclusive eu achei que tinha sido uma troca de tiros. Quando eu olhei perto dos meus pés, a vítima estava no chão, com a cabeça virada para a cabine do DJ”, disse.

Segundo dia de julgamento do policial federal Victor Campelo/Foto: Reprodução

A testemunha disse ainda que Victor não estava com nada em mãos durante a conversa deles. “Ele não estava com nada na mão, é tanto que eu pude abraçá-lo. Ele me abraçou com as duas mãos. Eu não lembro de ter bebida e não estava apresentando nenhum comportamento de embriaguez. Eu tenho certeza, até porque não estava bebendo nesse dia também”, contou.

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Yasmin era uma das testemunhas que deveriam ter sido ouvidas nesta manhã de quarta-feira (25), mas por um imprevisto com o voo, precisou ser ouvida à tarde, via videoconferência.

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