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VÍDEO: polícia desmonta QG bolsonarista no 4º BIS e prende manifestantes

Por MARIA FERNANDA ARIVAL, DO CONTILNET

Foto: ContilNet

Após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que exigiu o afastamento do governador do Distrito Federal e o desmonte dos acampamentos bolsonaristas do país, as forças de segurança pública foram até a região do 4º Batalhão de Infantaria e Selva (BIS), no bairro Bosque, para desmontar o acampamento.

A Polícia Militar, Polícia Civil e a Força Nacional estão no local e isolaram as ruas próximas à região. Os moradores estão impedidos de entrar na rua por conta da obstrução da polícia, sendo os agentes das forças de segurança os únicos com acesso ao local.

Foto: ContilNet

Gabriela, uma das cozinheiras que estava no acampamento em frente ao 4º BIS, conta que ainda neste domingo (8), foi visto na televisão que os policiais iriam invadir todos os “QGs”, a mando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para prender todos. “Infelizmente, a gente não estava agredindo ninguém, estávamos defendendo nosso direito, inclusive, nossos colegas foram presos”, diz.

No início da tarde desta segunda-feira (9), manifestantes foram conduzidos para a sede da Polícia Federal em Rio Branco em um ônibus da Polícia Militar. Ainda não há informações de quantas pessoas foram conduzidas para a PF.

Segundo Gabriela, os manifestantes não esperavam que as forças de segurança pública fossem até o acampamento para desmontar o QG dos bolsonaristas em frente ao 4º BIS. “Estamos aqui há 72 dias e nesse processo as pessoas quando podiam, uns vinham de manhã, outros à tarde, e quem podia vir todos os horários, vinha. A maioria aqui são pessoas microempreendedoras. Estamos aqui a favor da nossa liberdade”, explica.

Financiamento

Nas redes sociais, circulam boatos de que os acampamentos estavam sendo financiados por empresários de cada cidade. No Acre, os boatos não são diferentes. Segundo Gabriela, isso não é verdade. “O povo que está aqui, que vinham visitar, cada um contribui com o que podia, com R$2,00, R$50,00 ou R$20,00. Não tem financiador nenhum”, diz.

Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes e a ação das forças de segurança pública, os manifestantes ainda não sabem como vão prosseguir nos próximos dias.

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