Representando o PSD, partido do senador Sérgio Petecão, o ex-diretor da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (Sasdj) da Prefeitura de Rio Branco, Jefferson Barroso, prestigiou o ato de posse de Daniel Zen na presidência do diretório regional do Partido dos Trabalhadores (PT) no Acre, na manhã deste sábado (27).
Com direito a assento na mesa ao lado dos representantes dos demais partidos aliados históricos do PT no Acre, como PC do B e PV, Barros também teve vez de fala e ao utilizar o microfone, em tom de aliança, não poupou elogios aos petistas e nem críticas à gestão de Bocalom.
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“O Marcus [Alexandre, ex-prefeito] deixou tanta coisa boa na Prefeitura e a gente viu o quanto recuou. Desejo sorte e que possamos reconstruir”, disse.
Barroso foi exonerado da gestão do prefeito Tião Bocalom (Progressistas) na mesma ocasião em que a vice- prefeita, Marfisa Galvão, do cargo de secretária municipal da pasta da qual ele era diretor.
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A possível aliança entre o PSD e o PT, assim como com outros partidos de centro e centro direita já não causa mais nenhum alarde no seio da militância petista, a não ser entre os mais radicais como o próprio, agora ex-presidente a sigla no Acre, Cesário Braga, que se declara ideologicamente radical de esquerda, porém admite um movimento como o do presidente Lula, que para se eleger em 2022 precisou agregar diversas correntes.
Em sua fala durante a posse de Zen, Jorge Viana, que figura como a principal liderança política do PT tanto, em nível local como nacional, disse que tem conversado com Petecão e que apoia uma frente ampla para fazer a Prefeitura de Rio Branco, principal alvo da disputa em 2024 e além de chapas proporcionais e majoritárias em outros municípios . “A gente tem conversado. O Petecão ajuda muito o governo Lula. Ele é da base”, pontuou.
Desde o rompimento político entre Bocalom e Petecão, assinalado com as exonerações dos membros do PDS da gestão municipal, o senador e principal líder do partido no Acre, se movimenta no sentido de arregimentar uma aliança que está sendo chamada de “ampla frente” ou “frentão”, tendo o ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre [sem partido desde que desfiliou-se do PT], como principal força na disputa em 2024 contra a reeleição de Bocalom.