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PF revela como adolescente usava programa para aliciar crianças e produzir pornografia

Por Tião Maia, ContilNet

Foto: Ilustração

Os desdobramentos da Operação Cypher Qwerty, executada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (7), em vários estados do país, incluindo o Acre, revelaram uma metodologia meticulosa executada com o uso de um aparelho de celular por um adolescente acreano. A revelação foi feita pelos delegados de Polícia Federal, Faris Antonine Feghali, da Polícia Judiciária Regional, e Kennedy Rivelibo Barbosa, responsável no Acre pela Operação Cypher Qwerty.

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Os delegados não revelaram detalhes que possam levar à identificação do adolescente apreendido, nem mesmo a idade, mas revelaram que os pais do jovem, abordados após apreensão em flagrante, ficaram surpresos em saber em que o filho estava envolvido na produção, distribuição e armazenamento de conteúdo pornográfico infanto-juvenil, além de outras condutas delituosas.

Os delegados Kennedy Rivelino e Faris Antonine Fegali/Foto: ContilNet

Uma dessas condutas era o uso de um programa de computador capaz de transformar a imagem e o áudio de pessoas adultas em crianças. “Assim, ele conseguia chamar atenção de outras crianças do sexo feminino”, disse o delegado Kennedy Rivelino.

Essas crianças, a partir daí, eram atraídas para relações sexuais as quais eram filmadas e depois distribuídas e armazenadas com conteúdo pornográfico.

A investigação teve início a partir de relatórios encaminhados pelo National Center for Missing and Exploited Children (NCMEC) à Polícia Federal, na qual trouxe informações de um grupo em plataforma de comunicação que cooptava vítimas menores e promovia, dentre outros, desafios sexuais, além de produzir, compartilhar e armazenar conteúdo pornográfico infanto-juvenil.

“Estou confiante de que, com a apreensão deste adolescente, a Polícia Federal dê um recado à sociedade para que vigie o que faz os seus adolescentes em plataformas digitais”, disse o delegado Faris Fegali.

A Operação de hoje terá desdobramentos e há possibilidade de adultos virem a ser presos, uma vez que os aparelhos de telefonia celular apreendidos estão sob análise e essas perícias devem apontar para o envolvimento de outras pessoas com a prática criminosa.

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