Caos aéreo
A crise no transporte aéreo no Acre e na região chegou a tal ponto que foi o foco principal dos debates entre 47 deputados da região Norte que participaram da 3ª Reunião Ampliada do Parlamento Amazônico nesta quarta-feira (31), na Aleac. Tanto que o governador Gladson Cameli comentou que precisou de favor para desembarcar em Rio Branco e vir para o evento junto com o presidente da Aleac, deputado Luiz Gonzaga (PSDB). Antes da Reunião, o governador desabafou com a imprensa e cobrou uma solução do governo federal para o problema da região aonde um voo para Brasília chega a custar R$ 6 mil. Gladson lembrou que de nada adiantou o desconto do ICMS concedido às empresas aéreas que reduziu o ICMS do combustível de 26% para 3%.
Parceria
Em seguida, quando discursou na abertura do Encontro do Parlamento Amazônico, o governador Gladson Cameli fez questão de citar o nome de cada deputado de outros estados que veio para o evento. “Isso representa muito para nós”, observou, agradecendo a visita e lembrando um discurso que fez em sua posse: “Se não tivermos a consciência de estarmos unidos e fazermos uma frente junto ao Governo Federal para reivindicarmos pelos nossos estados, não avançaremos. Me coloco à disposição e entrarei em contato com os governadores do Norte para pedir uma reunião com o presidente da república”, adiantou.
Parceiros
O presidente da Aleac, Luiz Gonzaga (PSDB) comemorou a realização da 2ª Reunião do Parlamento na Casa do Povo do Acre. “Nós, do Poder Legislativo acreano, nos sentimos imensamente honrados pela presença de vocês, valorosos parlamentares empenhados em construir o desenvolvimento dos estados amazônicos. Essa luta é o que nos une. Desta forma, podemos traçar estratégias que contribuam com a resolução de problemas. Daqui sairemos com novas propostas e ações”, discursou Gonzaga, na abertura do evento.
Marcha à ré
Infelizmente, nem todos os convidados foram felizes na recepção ao evento. O deputado de Rondônia, Laerte Gomes (PSD), líder do governo na Assembleia, disse que ao ver o nome e foto de Marina no Salão do Povo na Aleac, teve vontade de cancelar a participação no encontro. “Infelizmente, vi uma foto que me fez mal. Quando vi a foto deu vontade de dar pra trás. Não é possível uma foto dessas”, disse apontando para a imagem. O deputado do Pará, Wescley Tomaz (PSC) também atacou Marina dizendo que a acreana não representa a Região Norte e suas ações vêm atrasando a Amazônia Legal.
CONFIRA: Deputados do Acre se calam durante críticas à Marina Silva na Aleac
Livre expressão
Os deputados da Aleac tiveram a fineza de ficar calados diante da agressão à Casa do Povo por dois dos parlamentares visitantes, segundo informam as repórteres Maria Fernanda e Lamlid Nobre. Sim, atacaram a Casa do Povo e não apenas o nome da Galeria Marina Silva, por ódio à ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas. Dar uma resposta à altura seria como esbofetear um convidado e reduzir-se ao tamanho do agressor, gesto incompatível com a hospitalidade acreana. Além do mais, existe a liberdade de expressão, especialmente na Casa do Povo. É melhor ficar em silêncio, sentindo a vergonha alheia, permitir que retornem às suas casas com o monopólio da grosseria e torcer para que não contem para seus filhos que entraram na casa do vizinho chutando a porta.
Casa nova
Participando da abertura encontro do Parlamento Amazônico, o governador Gladson Cameli assinou o termo de doação de terreno para a construção da nova sede do Aleac. A futura Casa do Povo será edificada numa área de dois hectares (20 mil metros quadrados), tamanho de uma pequena colônia, dentro do Portal da Amazônia, ao lado da Cidade da Justiça. “Com instalações mais adequadas e o fortalecimento do parlamento acreano o executivo também ganha, assim como a população porque garantimos celeridade e a melhoria dos trabalhos desta instituição”, comentou o governador no ato da doação.
Pais
A doação do terreno foi comemorada, principalmente, pelo ex-presidente Nicolau Júnior (Progressista) que é considerado o pai da criança, por ter iniciado a negociação com o governador. E também pelo atual presidente, Luiz Gonzaga (PSDB), que foi quem recebeu a doação. Resta saber quem será o pai da construção da nova sede, o que ainda vai gerar muita discussão, escolha de projetos e definição de onde sairá o recurso. O ex-presidente Edvaldo Magalhães (PC do B), pai da última reforma na sede da Aleac, tem experiência no ramo.
Em paz
O deputado federal Gerlen Diniz (Progressista) tem artigo publicado no ContilNet comentando seu voto a favor do Marco Temporal. Foi o primeiro parlamentar da bancada federal a dar uma satisfação à grande comunidade indígena acreana. “Não somos contra os indígenas e nem contra nenhuma outra minoria. A aprovação do PL 480/2006 vai trazer paz ao campo, pois regulariza uma situação que há muito necessitava ser enfrentada. Continuo meu trabalho com a consciência tranquila e na certeza de estar votando da melhor forma possível, em benefício da sociedade brasileira”, arremata.
VEJA: Gerlen Diniz: A verdade sobre o novo marco temporal
Crime
No artigo “Precisamos abandonar o relativismo em relação à violência” , publicado neste ContilNet, o deputado federal Coronel Ulisses (União) defende que é preciso retomar o monopólio da força e endurecer a lei para alcançar não apenas o criminoso, mas também o seu patrimônio. Só assim, segundo ele, a sociedade vencerá seu inimigo comum que é o narcotráfico. Ulisses é 2º vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara Federal.
VEJA TAMBÉM: Artigo: Precisamos abandonar o relativismo em relação à violência
Gratidão
Com seis votos da bancada acreana pela aprovação do projeto de reestruturação dos ministérios nesta quarta-feira (31) o presidente Lula pode sentir-se agradecido pela liberação dos recursos para a reconstrução de um grande pedaço da BR-364. A derrota deste projeto significaria praticamente um desmonte do governo Lula 3 e uma ampliação muito perigosa do poder do presidente da Câmara, Artur Lira (Progressistas). Lira criticou o projeto e foi contrariado por 34 deputados de seu próprio partido, entre os quais Socorro Neri e Zezinho Barbary. Também ajudaram o governo Lula, Antônia Lúcia (Republicanos), Meire Serafim, Coronel Ulysses e Eduardo Velloso (União Brasil), Socorro Neri e Zezinho Barbary (PP). Votaram contra: Roberto Duarte (Republicanos) e Gerlen Diniz (PP).
Telhado de vidro
Foi a terceira derrota de Lira no mesmo dia. A primeira foi a suspensão e um processo do presidente da Câmara contra seu arqui-inimigo Renan Calheiros e o terceiro foi a liberação pelo STF do julgamento de um recurso pedindo a anulação de processo em que ele é acusado de corrupção passiva. Em 2018, Lira foi delatado por um assessor preso no aeroporto de Congonhas em São Paulo com R$ 106 mil que seriam destinados ao deputado alagoano como pagamento de propina por Francisco Colombo, presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), que não queria largar a boquinha. Comandando a Câmara dos Deputados como um primeiro ministro e tentando disputar a governança do país com o Executivo, Lira foi claramente chamado à atenção com esta decisão antecipada pelo ministro Dias Toffoli, que tinha prazo até 19 de junho para analisar seu pedido de vistas.
Ciência
Depois de seis anos tensos com variações para baixo no orçamento, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) comemora nesta quinta-feira (1º) seu 50º aniversário na Aleac, em sessão solene proposta pelo deputado Pedro Longo (PDT). Fundada em 1973, a Embrapa tornou-se a principal referência nacional em pesquisa e transferência de tecnologia atendendo tanto a agricultura familiar quanto a indústria do agronegócio. Nesta sessão solene, o chefe—geral da Embrapa Acre, Buno Pena, médico veterinário com doutorado em Ciência Animal, vai fazer um balanço das conquistas e desafios da empresa. Trata-se de uma importante divulgação para que toda a população tenha conhecimento de sua importância vital para a produção de alimentos de qualidade e com sustentabilidade para o país e fique livre das ameaças de privatização como vinha ocorrendo desde a ascensão de Michel Temer em 2016.
Sigla obscura
No ano passado, o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), Marcus Vidal, denunciou que o governo federal, através do projeto Transforma Embrapa, pretendia colocar a estrutura de pesquisadores e técnicos da empresa pública para trabalhar em projetos propostos e pagos pelo agronegócio em prejuízo da agricultura familiar que produz 70% dos alimentos que vão à mesa da população. “O mais grave, porém, é que, para a população urbana, Embrapa é apenas uma sigla de significado obscuro. Pouco ou nada sabe de como a Embrapa está atrás de tudo que chega à mesa dos brasileiros. Da qualidade e da quantidade dos alimentos”, observou o pesquisador. Toda a força para a cinquentona Embrapa, seus pesquisadores e para a ciência brasileira!
Parcerias
“A sessão solene em homenagem aos 50 anos da Embrapa celebra o reconhecimento do trabalho dessa importante instituição para o desenvolvimento agropecuário brasileiro. A expectativa é que o evento inspire novas parcerias e ações colaborativas entre a Embrapa, o governo e os demais setores envolvidos, visando impulsionar ainda mais o crescimento sustentável agrícola, pecuário e florestal, no Acre e em todo o país”, destaca o chefe-geral, Bruno Pena Carvalho, formado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e doutor em Ciência Animal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro.
High tech
Em pronunciamento na tribuna da Câmara de Rio Branco nesta quarta-feira (31), a vereadora Lene Petecão (PSD) defendeu que a Prefeitura da Capital adquira e instale bueiros inteligentes e ecológicos no sistema de drenagem das águas fluviais de suas ruas. A vereadora informou que estes bueiros tem uma tecnologia que impede a entrada de materiais sólidos que ficam depositados nas tubulações, obstruindo as enxurradas e causando alagações como as registradas recentemente. Peneirar a água que escorre pelas sarjetas é até fácil, genial será inventar uma peneira pros cacarecos jogados nas margens dos igarapés.