Em setembro de 2022, um adolescente de 17 anos foi vítima de sequestro no município de Plácido de Castro, interior do Acre. O jovem foi mantido em cativeiro por mais de uma semana e resgatado na Vila Evo Morales, na Bolívia. Na época, os criminosos haviam exigido uma quantia de R$ 1,5 milhão.
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Na manhã desta terça-feira (6), a Polícia Civil deflagrou a Operação Rapta, que cumpriu 35 mandados de busca, apreensão e prisão. Os mandados foram expedidos em decorrência das investigações do sequestro.
Além dos responsáveis pelo crime, a Polícia Civil identificou a organização criminosa que arquitetou o sequestro, e conseguiu prender outras lideranças da facção, envolvidas em outros crimes, como tráfico de drogas. As investigações perderam 7 pessoas envolvidas no sequestro do adolescente e apreendeu um menor. A Operação Rapta também prendeu outras 14 pessoas, resultando em 21 prisões.
“As provas coletadas indicaram a participação desses integrantes em uma organização criminosa, diversas dessas não possuíam ligação direta com o crime de sequestro, mas integravam a organização que praticou esse crime”, disse o delegado responsável pelo caso, Pedro Buzolin.
A investigação concluiu, inclusive, que o mandante do sequestro era o líder da organização que atuava em Manaus, capital do Amazonas. Segundo o delegado de Plácido de Castro, responsável pelo caso, Danilo César, o acusado era o responsável por exigir os pagamentos pelo resgate da vítima.
“Era um indivíduo que já estava foragido há algum tempo e era ele quem coordenava toda essa ação. O jovem [sequestrado], ficou em um cativeiro na Bolívia, e esses autores que estavam lá, se comunicavam com esse autor em Manaus, que repassava as informações e as exigências do resgate para outros autores em Rio Branco”, explicou.
Responsável pela delegacia de Plácido de Castro há poucos dias, Leandro Lucas, declarou que a partir das informações e provas colhidas na Operação Rapta, será possível coibir e prender outros envolvidos na organização criminosa. “É possível que nós possamos dar continuidade a outros desdobramentos, ou seja, as investigações continuam”.
A operação foi realizada em municípios do Acre e Amazonas. Mais de 50 agentes policiais estão envolvidas nas investigações.