Após a Defesa Civil se antecipar e lançar o Programa Estiagem 2023, que com investimentos de R$ 1,5 milhão, irá levar água potável para cerca de 16 mil pessoas até o dia 15 de dezembro na capital acreana, o meteorologista Davi Friale disse que não há necessidade de alarme em relação à previsão de seca severa no Acre.
VEJA MAIS: Com previsão de seca severa, Prefeitura vai distribuir água potável para quase 20 mil pessoas
Em um comunicado publicado no site O Tempo Aqui, Friale declara que baseado em pesquisas feitas e com a experiência de quatro décadas estudando o clima no Acre, ele não enxerga nenhum cenário meteorológico extremo para os próximos meses, principalmente hidrológicos.
“Como já vínhamos informando desde o início de 2023, tudo está dentro da normalidade, no que se refere ao tempo e ao clima no Acre. As condições atmosféricas e oceânicas nos mostram que, pelo menos até o próximo mês de outubro, as chuvas e a temperatura no estado deverão se comportar dentro da normalidade climática para esta época, podendo até chover acima da média”, disse Frale.
Friale aponta ainda que é normal para esta época do ano que os rios fiquem secos, já que as chuvas neste período são mais escassas. “Quanto às temperaturas, também é normal aumentarem bastante durante o dia e diminuírem durante a noite devido à baixa umidade do ar”.
A previsão de Friale contraria diretamente o posicionamento do tenente-coronel Cláudio Falcão, da Defesa Civil Municipal. Nas redes sociais, nesta quinta-feira (13), Falcão ao fazer uma comparação da situação do Rio Acre no mesmo período, no ano passado, fez um alerta, informando que a seca das águas deve bater recorde em 2023.
“Na Foto 1, tirada há apenas 2 meses, o Rio Acre estava acima dos 13 metros provocando uma das maiores enchentes da história. Na Foto 2, tirada hoje, o nível do Rio Acre despencou para menos de 3 metros. Está muito abaixo da mesma data do ano passado. Isso indica um perigo iminente de uma seca severa que pode afetar a nossa região, além da falta de água, temos a escassez de chuva, aumento no número de queimadas e piora da qualidade do ar”, comenta Falcão.
“Isso indica um perigo iminente de uma seca severa que pode afetar a nossa região, além da falta de água, temos a escassez de chuva, aumento no número de queimadas e piora da qualidade do ar”, acrescentou o tenente-coronel.