Mulher acusada de ataque homofóbico contra procurador é solta: ‘Só brincadeira’

Na audiência de custódia, Nathane disse que tem uma filha autista de 3 anos, que necessita dos cuidados dela. Ela foi presa em flagrante neste domingo (23)

No último domingo (24), a autônoma Nathane Julia dos Santos, de 30 anos, foi presa acusada de cometer homofobia contra um procurador da República, no Mercado do Bosque, em Rio Branco.

RELEMBRE: Mulher é presa após ataque homofóbico contra procurador no Mercado do Bosque

De acordo com informações da polícia, Nathane foi encaminhada para audiência de custódia, e foi solta para responder o processo em liberdade. A acusada alegou que tudo não passou de uma brincadeira ao proferir palavras de cunho ofensivo e homofóbico contra a vítima.

Nathane foi presa após sair de um bar e ir com amigos ao Mercado do Bosque, em Rio Branco/Reprodução

No depoimento, a mulher disse que fez uma brincadeira ao falar  que ”tá todo mundo junto e todo mundo é Barbie Girl”. Nathane declarou que a fala não foi direcionada à ninguém específico e que pessoas que estavam na mesa ao lado, onde estava o procurador, o namorado dele e amigos, se sentiram ofendidos e iniciaram uma discussão.

Porém, na delegacia, o procurador informou que Nathane perguntou diretamente à ele: “Quanto porcento de Barbie Girl você é?”

Ao ouvir, o procurador retornou a mesa e contou o fato aos amigos e ao namorado. No depoimento, ele disse que se sentiu ofendido com as declarações da mulher.

Ela foi presa em flagrante no Mercado do Bosque. Na audiência de custódia, a mulher declarou que tem uma filha pequena de 3 anos, que é autista e que por isso, a criança é totalmente dependente dela e estava sob os cuidados da tia.
A defesa dela inseriu a documentação e laudos comprovando a necessidade de cuidados da menina pela mãe.

O que disse o delegado plantonista na ocorrência

O delegado plantonista, Alexnaldo Batista, informou que qualquer pessoa que for vítima de ofensas racistas ou de cunho sexual deve acionar as forças de segurança através do número de emergência 190 e procurar a delegacia mais próxima, garantindo que todas as providências serão tomadas de acordo com a lei.

“Os atos de homofobia são considerados crime e devem ser tratados com seriedade pelas autoridades. A população é encorajada a denunciar qualquer tipo de agressão ou ofensa de cunho homofóbico, a fim de promover a segurança e o respeito à diversidade da sociedade”, disse Alexnaldo Batista.

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