Luto: George Pinheiro sonhava em ser governador e pavimentar todo o Acre

Apesar de derrotado na política eleitoral, empresário foi vitorioso na política empresarial e chegou a presidir entidade nacional do comércio

O empresário George Teixeira Pinheiro, falecido na noite de quarta-feira (23), aos 73 anos,  de câncer, em Rio Branco, apesar de vitorioso em suas atividades nos setores empresariais e do comércio, morreu sem realizar um sonho: o de exercer cargo político eleito pelo voto popular.

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“Não vou negar que um dia sonhei em ser governador do Acre. Tenho projetos para combater o desemprego e alguma experiência com a qual gostaria muito de poder ajudar a juventude da nossa terra com a geração de emprego na rede privada”, disse, numa de suas entrevistas quando o assunto político foi abordado.

O empresário chegou a exercer cargos públicos no Estado. Chegou a ser presidente da extinta companhia de eletricidade do Acre (Eletroacre), durante o governo de Edmundo Pinto, quando ficou menos de um mês no cargo e deixou a função com o assassinato do governador, em 1992. Em seguida, no governo de Romildo Magalhães, o vice-governador que sucedeu a Edmundo Pinto, tornou-se Secretário de Estado de Fazenda.

Antes, em 1991, chegou a ser candidato a vice-governador na chapa de Rubem Branquinho (PL), que disputou o governo do Estado, nas eleições daquele ano, com Edmundo Pinto (PP), Jorge Viana (PT) e Réssine Jarude (PSDB). Em alguns momentos, George Teixeira Pinheiro e Rubem Branquinho chegaram a comemorar a eleição por antecipação, já que apareciam em pesquisas de opinião pública com mais de 70% de aceitação do eleitorado.

Erros estratégicos na campanha, cometidos por Rubem Branquinho, que chegou a “asfaltar” o Acre de posse de um pincela atômico num quadro com o mapa do Acre no qual mostrava que, se fosse eleito, iria pavimentar todas as vias acreanas, sem dizer de onde retirar os recursos necessários e demostrando total desconhecimento das peculiariedades estaduais, Branquinho acabou em terceiro lugar numa disputa com quatro candidatos.

A derrota, no entanto, não abateu o otimista George Teixeira Piheiro, que continuou a fazer política ao ponto de chegar ao primeiro escalão do governo Romildo Magalhães. Paralelamente, continuou a exercer a função de cônsul honorário do Peru no Acre e de cargos em entidades vinculadas ao empresariado nacional, como a CACB – Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil.

O amazonense de Boca do Acre que se tornou pioneiro da hotelaria no Acre será sepultado em Rio Branco sem a realização do sonho do exercício de mandatos eletivos, mas, ainda assim, como um homem vitorioso.

Querido pela sociedade e familiares, por certo deixará muitas saudades entre àqueles que tiveram o privilégio da convivência com o ser humano George Pinheiro Teixeira. Um ser que fará muita falta.

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