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Ulysses diz que rebelião em presídio de Rio Branco era uma tragédia anunciada

Por Suene Almeida, ContilNet

O deputado federal, coronel Ulysses, participou de uma entrevista ao ContilNet na noite da última sexta-feira (4), durante transmissão da Expoacre 2023. Um dos temas abordado por ele foi a rebelião no presídio Antônio Amaro, no final do último mês.

Em conversa com o apresentador Everton Damasceno, o deputado disse que a rebelião era uma tragédia anunciada. “Olha, eu sou uma pessoa muito transparente e acho que isso era uma tragédia que já estava anunciada. Quando eu estava na Secretaria de Segurança Pública nós sabíamos que isso estava prestes a acontecer, pois o Iapen naquele momento estava inserido em um contexto político. Nós não podemos tratar segurança, saúde e educação de maneira política, na politicagem”, ressaltou.

Coronel Ulysses durante entrevista ao ContilNet – Foto: ContilNet

Uma rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que iniciou no dia 30 de julho, fez com que o Estado instituísse um gabinete integrado de gerenciamento de crise para conter o motim que durou quase 24 horas. As forças de Segurança mobilizaram mais de 200 profissionais e tiveram a ajuda do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Cinco detentos foram mortos e dois policiais penais ficaram feridos. Após o ocorrido, o governador Gladson Cameli resolveu trocar o comando do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen).

VEJA TAMBÉM: Gladson troca comando do Iapen após rebelião que resultou na morte de cinco detentos

Coronel Ulysses elogiou a decisão do governador do estado, Gladson Cameli. “Hoje o governador foi muito feliz, ele fez a troca de toda a direção, e eu acho que vai melhorar muito essa situação do presídio, que tem que ter total controle. O controle do presídio influencia totalmente aqui fora, nas questões de crimes, homicídios, roubos e várias ações”, pontuou.

Ulysses defendeu, ainda, o endurecimento das leis penais e disse que a questão da superlotação nos presídios é um mito. “Existe um mito de que o encarceramento no Brasil é enorme, na verdade, se você pegar os números de encarceramento, mais de 60% das pessoas não estão encarceradas, pois hoje para o cara ficar preso é muito difícil, ele é solto na audiência de custódia, ou é liberado porque determinados crimes já iniciam no regime semiaberto, é tanto benefício que dizer que o encarceramento é alto é um mito”, ponderou.

O deputado defendeu o fortalecimento do sistema carcerário com a criação de novos presídios e humanidade para os detentos.

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