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Associação dos Delegados emite nota e nega omissão em suposto estupro cometido por psicólogo

Por Matheus Mello, ContilNet

Foto: Reprodução

Na última semana, um psicólogo da rede municipal de Saúde de Feijó, interior do Acre, teve a prisão decretada pelo Juízo da Vara Criminal da Comarca do município, após ser acusado de estuprar uma paciente durante uma consulta.

O Juri autorizou ainda a busca e apreensão na residência do psicólogo e determinou a perícia no celular dele. Os autos indicam que o psicólogo teria se aproveitado da condição profissional para cometer o abuso.

RELEMBRE O CASO: Justiça decreta prisão de psicólogo acusado de estuprar paciente no Acre

Nas redes sociais, o vereador de Feijó, Tiago Aguiar (PDT), fez acusações graves sobre o caso. O parlamentar insinuou que a Delegacia do município teria sido omissa no tratamento do caso.

“A vítima já tinha registrado B.O, isso aconteceu há mais de 2 semanas, e não tinha sido feito nada. Sabe porque que foi feito? Porque teve uma audiência pública e a vítima falou na frente de todo mundo”, acusou o vereador. Aguiar segue tecendo comentários sobre o caso. O parlamentar disse que um “grupo” influente politicamente estaria ‘passando pano’ para o psicólogo, tentando livrá-lo das acusações.

A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Acre (ADPOL) repudiou as falas do vereador e disse que após a denúncia da vítima na Delegacia de Feijó, de imediato, todas as providências investigativas foram tomadas. A ADPOL publicou uma nota acerca da declaração do vereador.

“Segundo informações da Autoridade Policial que preside as investigações, Dr. José Ronério da Silva, o fato foi registrado na Unidade Policial no dia 09 de agosto de 2023, momento em que, de imediato, a vítima foi ouvida e encaminhada à Unidade de Saúde para realizar o Exame de Corpo de Delito. Além disso, uma testemunha prestou depoimento”, disse a nota.

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“Estão tentando fazer uma manobra pra dizer que a vítima é louca. Pra poder soltar o amigo”, completou. O processo corre em segredo de Justiça e foi despachado pela juíza de Direito, Ana Sabota, que alegou que há indícios de violência sexual e institucional por omissão.

A nota diz ainda que a prisão preventiva e a busca e apreensão domiciliar foram decretadas no dia 1º de setembro, “cujos mandados foram cumpridos no dia 05 do referido mês pela Polícia Civil”, portanto, não houve “qualquer tipo de omissão por parte do Delegado responsável pela investigação”.

Chamando o vereador de irresponsável, a Associação informou que após as falas do vereador, medidas judiciais foram tomadas. Por fim, a nota informou que a Polícia Civil “vem agindo de forma prudente e respeitando os direitos e garantias fundamentais previstos no ordenamento jurídico”.

Veja a nota na íntegra:

NOTA DE REPÚDIO FEIJÓ

Novidades do caso

A Polícia Civil de Feijó disse ao ContilNet que o acusado segue preso após audiência de custódia.

Ainda segundo o órgão, três servidores públicos foram intimados para prestar depoimento. “O caso segue acompanhado pelo Ministério e pelo Poder Judiciário”.

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