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Bittar diz em CPI que doação bilionária da Noruega para o Fundo Amazônia é ‘hipocrisia’

Por Matheus Mello, ContilNet

A secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, foi ouvida na reunião da CPI das ONGs desta terça-feira (26). A participação dela foi solicitada pelo relator do grupo, senador Marcio Bittar, União Brasil do Acre.

Citando um possível conflito de interesses, o parlamentar pediu informações sobre a participação da secretária no conselho deliberativo da ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. Ana, que foi indicada pela ministra Marina Silva, respondeu que se afastou do conselho antes de assumir o cargo no Ministério do Meio Ambiente.

O senador do Acre é o relator da CPI das ONGS no Senado Federal/Reprodução

Além disso, ao falar sobre os impactos das mudanças climáticas no desenvolvimento econômico do país, Bittar trouxe à tona um exemplo da Noruega, que segundo ele, doa dinheiro para o Fundo Amazônia ao mesmo tempo em que empresas de capital público norueguês recebem isenções fiscais no Brasil. O senador chamou a prática de hipocrisia.

”A senhora não acha que há aí no mínimo uma hipocrisia de um país que doa um bilhão, recebe seis bilhões e meio de isenção e que basicamente financia ONGs no Brasil que atuam contra a emissão de combustíveis fósseis, sendo que é disso que ela vive, quer dizer, mais da metade do PIB per capita, do PIB norueguês, é de petróleo e gás, que agora mandou perfurar mais ainda no Mar do Norte. A senhora não acha que aí, no mínimo, existe uma hipocrisia?’’, disse para a secretária.

Toni rebateu dizendo que não conhecia detalhes sobre o exemplo citado por Marcio, mas defendeu as doações para o Fundo Amazônia, principalmente para o combate às mudanças climáticas.

Na última semana, Bittar havia solicitado ao governo do Acre informações sobre as relações do Executivo com a ONG SOS Amazônia, uma das mais ativas na região.

RELEMBRE: CPI das Ongs: Bittar pede que governo do Acre envie documentações sobre a SOS Amazônia

Bittar pediu que o governador Gladson Cameli encaminhe toda a documentação disponível sobre repasse de recursos públicos do governo estadual à ONG entre os anos de 2002 e 2022.

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