Policial que matou jovem na Expoacre continua em liberdade após justiça pedir prisão

Decisão da Câmara Criminal do TJ nem foi cumprida e advogado já recorreu ao STJ em busca de habeas corpus

Uma semana após o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) comemorar o que seria a prisão do policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva, o assassino do jovem Wesley Santos da Silva, morto a tiros aos 20 anos no Parque de Exposição Wildy Viana no último dia de Expoacre deste ano, continua em liberdade e dificilmente será preso. É que seu advogado, Welinton Silva, acaba de ingressar no STJ (Superior Tribunal de Justiça) com pedido de habeas corpus para que a decisão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que sequer foi cumprida, seja suspensa.

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Jovem Wesley Santos da Silva e o policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva. Foto: Montagem

Raimundo Nonato já foi diretor do presídio de Senador Guiomard e foi preso em flagrante ainda no Parque de Exposições, após o crime, mas foi solto em audiência de custódia, realizada no dia seguinte ao crime, sob o compromisso de cumprir algumas medidas cautelares, como: não frequentar locais que façam venda ou fornecimento de bebida alcoólica, não entrar em contato com as vítimas e suspensão do porte de arma fora das dependências do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC).

O MPAC recorreu da decisão e, em segunda instância, obteve a decisão para que o policial penal responda ao processo em prisão preventiva. O recurso foi assinado pelo promotor de Justiça substituto Lucas Bruno Iwakami, que destacou que “a apresentação do recurso só foi possível devido a uma atuação conjunta, que contou com a colaboração de outros membros do MPAC, bem como apoio do Observatório de Violência de Gênero, órgão auxiliar da instituição. A decisão de prisão do não foi cumprida ainda e o advogado de defesa já se movimenta par1a que o acusado responda pelo crime em liberdade.

O crime ocorreu quando o jovem de 20 anos estava na feira agropecuária comemorando o aniversário que tinha ocorrido no dia 5 de agosto, dois dias antes do crime. A informação consta no depoimento da namorada dele, Rita de Cássia, que também foi ferida com vários disparos num bar dentro do Parque de Exposições.

Quando o bar já estava sendo fechado e as pessoas saiam do ambiente, ouviu-se os disparos e se formou um tumulto. Segundo a PM, quando os policiais chegaram ao local, Wesley e Rita já estavam no chão, baleados.

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