Nesta quinta-feira (30), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), composta pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Polícia Penal, prendeu ao todo 5 pessoas, dentre elas, 4 advogados.
Em coletiva concedida à imprensa, o delegado Felipe Fachinelli, da Polícia Federal, responsável pelas investigações, disse que a operação não foi um ato ‘contra a OAB`.
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“Essa não é uma operação contra a OAB. É uma instituição que a gente respeita muito. Cumpre uma função essencial para garantir os direitos fundamentais de todas as pessoas. Só que infelizmente, como todos os órgãos, têm umas ervas-daninhas, algumas pessoas que se valem dessas prerrogativas para cometimentos de crimes”, disse.
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O delegado disse ainda que todas as prerrogativas dos advogados presos foram preservadas.
“Todos os mandados de busca e apreensão cumpridos tinha representantes da OAB para testar a idoneidade e a legitimidade desses mandados”, finalizou.
O que diz a OAB
Em nota, a OAB afirmou que quatro advogados inscritos na seccional Acre foram alvos da operação e que a instituição está acompanhando o caso, a fim de garantir o respeito às prerrogativas dos profissionais.
“A operação teve como alvos quatro endereços, sendo que um dos advogados não se encontrava na cidade de Rio Branco e foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva”, diz um trecho da nota.
Confira o posicionamento na íntegra:
“A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB/AC), por meio de sua Diretoria, vem informar e esclarecer os fatos que envolvem a Operação “Cupiditas”, realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) na manhã desta quinta-feira (30), na cidade de Rio Branco.
Inicialmente, esta Seccional foi acionada para a designação de sua representação de defesa de prerrogativas do advogado para acompanhar o cumprimento de mandados na manhã de hoje, onde foi informado que seriam quatro alvos, todos advogados inscritos nesta seccional, sendo a equipe da Comissão de Assistência e Defesa de Prerrogativas destacada para o acompanhamento da operação.
A operação teve como alvos quatro endereços, sendo que um dos advogados não se encontrava na cidade de Rio Branco e foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva.
Nesse contexto a OAB Acre acompanha a situação dos profissionais envolvidos, garantindo o respeito de suas prerrogativas funcionais e permanecerá acompanhando o caso a fim de que tais direitos sejam devidamente respeitados.
Ademais, ante os fatos apresentados, esta Seccional solicitará informações do Poder Judiciário acerca das acusações imputadas, a fim de que sejam adotadas eventuais medidas disciplinares.
A OAB Acre informa que prosseguirá acompanhando o caso a fim de garantir o respeito às prerrogativas funcionais, bem como a adoção das medidas disciplinares pertinentes”.