Durante a reinauguração da Casa de Chico Mendes, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (10), em Xapuri, a filha do seringueiro, Ângela Mendes, em entrevista ao ContilNet falou sobre a importância do memorial para as questões de lutas socioambientais.
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Fechada há cerca de cinco anos, a revitalização foi realizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com investimento total de R$ 92 mil. Ângela Mendes fez questão de criticar o governo anterior pelo descaso com o local.
“A casa do meu pai ficou fechada no último governo, pois ele não tinha nenhum compromisso com essa casa. Hoje está sendo feito o resgate de tudo isso”, disse.
Tombada como patrimônio histórico do Acre em 2008, a casa Chico Mendes carrega a representatividade da luta pela causa ambiental.
“Essa casa tem uma grande importância no contexto de luta socioambiental. É importante que a população local se sinta cada vez mais próxima disso, se sinta parte desse projeto. A casa deveria trazer a proximidade com a luta de Chico, mas também com uma luta que é global, que é a defesa da natureza e da identidade, pautas que o Chico tanto defendia”, ressaltou.
Ângela expressou, ainda, preocupação com o futuro do memorial, já que o município está a menos de um ano das eleições para prefeito.
“Externo minha preocupação, como a casa está sendo reaberta por meio de uma articulação da prefeitura atual, e estamos a menos de um ano das eleições, depois disso quem é que vai assumir o compromisso de manter o legado vivo aqui em Xapuri?”, indagou.
Estavam presente na cerimônia a vice-governadora Mailza Assis, o presidente do Iphan, Leandro Grass, o presidente da Fundação Elias Mansour (FEM), Minoru Kimpara, dentre outros.