O atrito entre os deputados Manoel Moraes (PP), líder do governo na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), e a deputada Antônia Lúcia, vice-líder dos Republicanos na Câmara Federal, é mais séria do que imaginam a vã filosofia de eleitores incautos e que não conhecem as baixarias envolvendo os dois parlamentares. O caso é uma questão familiar e que envolve inclusive denúncias de sequestros de duas crianças, meninas de oito e quatro anos de idade, e que vem sendo tratado judicialmente sob segredo de justiça e cujos princípios acabam de ser quebrados pela deputada com suas divulgações em redes sociais.
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“Como ela percebeu que está perdendo tudo na Justiça, resolveu apelar e, mais uma vez, está agindo de forma criminosa”, disse Manuel Moraes, ao dar ao ContilNet sua versão a respeito dos fatos. O deputado disse que seu filho Cristan Moraes é o marido da filha da deputada, Gabriel Câmara, atual presidente do Iteracre (Instiuto de Terras do Acre). A executiva tem duas filhas, de um casamento anterior, das quais Cristian passou a ser padrasto.
A acusação de Antônia Lúcia segundo a qual Manoel Moeaes protegeria um pedófilo, é feita em relação a Cristian, o qual foi acusado, por uma ex-empregada cujo depoimento foi conseguido pela deputada dando conta de que Cristian dormiria e andaria em casa de cuecas, na frente das crianças. “Ela forjou essa acusação contra meu filho para justificar o sequestro das crianças”, disse Manuel Moraes.
Segundo o deputado, Antônia Lúcia, na condição de avó das crianças e mancomunada com o ex-marido de Gabriela Câmara, levou as duas meninas para o que seria um passeio no Shopping Via Verde, mas no fundo sequestrou-as, com o uso de documentos falsos, já que não teria a guarda de menores, e as levou para Brasília.
Uma das crianças, a de quatro anos, machucou-se ao brincar na borda de uma piscina e a marca na perna da criança, que tem autismo, foi utilizada pela deputada como uma prova de que a menina sofria maus tratos do padrasto. “Essa mulher é baixa, ruim e cheia de armações. Como as armações delas vêm sendo desmontadas e até a criança mais velha disse em juízo que as acusações da avó não têm procedência e que ela e sua irmã foram sequestradas, agora ela quer me atingir para ver se tem alguma chance processual”, disse Manuel Moraes.
“Minha nora, que foi mãe aos 16 anos, teve o primeiro filho também sequestrado do mesmo jeito pela avó, no passado. Agora, ela quer fazer o mesmo com as duas meninas mas, para conseguir seu intento, vai ter que enfrentar a verdade. Eu só tenho medo da injustiça e das inverdades. E a verdade é esta: a deputada está usando duas crianças menores para seus interesses mesquinhos e tentando usar seu poder para tentar tirar vantagens num processo que corre sem segredo de justiça”, disse Manuel Moraes.
A reportagem do ContilNet tentou entrar em contato com a deputada. Até o fechamento do texto, ela não retornou às chamadas.