Na COP 28, Lula se emociona e chora ao falar de Marina: “Temos que ouvir ela”

Lula fez questão de destacar a trajetória da ministra do Meio Ambiente, nascida e criada nas florestas do Acre

Ao ser convidado a discursar no evento sobre florestas, durante a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP28), neste sábado (2), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, abandonou seu discurso e resolveu homenagear sua ministra do Meio Ambiente, a acreana Marina Silva.

O presidente chorou ao falar de Marina Silva/ Foto: Reprodução

O evento acontece em Dubai, nos Emirados Árabes, entre os dias 30 de novembro a 12 de dezembro e conta com líderes de todo o mundo. Em sua participação, o presidente Lula decidiu passar a fala para Marina. Emocionado, ele destacou a trajetória da ministra, que nasceu em meio à floresta, no seringal Bagaço, em Xapuri.

“Não vou falar sobre floresta, porque acho que esse encontro de hoje é uma reunião sem precedentes na história das cops. São 28 edições para que pela primeira vez a floresta viesse falar por si só. E eu não poderia utilizar a palavra sobre floresta se eu tenho no meu governo uma pessoa da floresta”, disse.

O presidente precisou interromper sua fala, pois não aguentou as lágrimas ao destacar os trabalhos realizados por sua ministra.

“Eu acho que é justo, que para falar da floresta, ao invés do presidente, que é do Estado, a gente tem que ouvir ela, que é responsável pelo sucesso da política de preservação ambiental que estamos fazendo no Brasil”, ressaltou.

Lula finalizou seu discurso enfatizando sobre a importância de cuidar das florestas e pediu ajuda dos demais países para a causa. “Não basta evitar desmatamento, é preciso cuidar da floresta, cuidar das pessoas que moram nela. Isso custa muito dinheiro e é por isso que os países ricos tem que ajudar a pagar essa conta”, finalizou.

Acre na COP28

O Acre confirmou participação em vários painéis durante a conferência, entre eles, discussões sobre a redução do aquecimento global, preservação das florestas, justiça climática, combate ao desmatamento, pagamentos por serviços ambientais e implementação de novas políticas de redução de emissões de gases poluentes, entre outros assuntos.

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O governo estadual também participará da assinatura de documentos que visam à venda e adiantamento de recursos de créditos de carbono. Também estão confirmadas apresentações que mostrarão o modelo de governança adotado pelo Acre na gestão das políticas ambientais, potencial econômico dos negócios inovadores e produtos florestais da região e a experiência do Programa de Regularização Ambiental local.

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