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Mesmo com redução, pobreza atinge mais da metade da população no Acre, diz IBGE

Por Maria Fernanda Arival, ContilNet

O levantamento Síntese de Indicadores Sociais, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta quarta-feira (6) aponta que o Acre registrou redução no percentual de moradores que vivem em situação de extrema pobreza em 2022. O índice chegou a 14% da população vivendo nessas circunstâncias, saindo de 17,6%, em 2021.

Mais da metade da população vive em situação de pobreza/Foto: Reprodução

Mesmo com a redução, o Acre ainda tem mais da metade da população vivendo em situação de pobreza, com 51%. O índice também apresentou uma redução se comparado a 2021, quando o Acre tinha 54,1% dos moradores neste contexto. A publicação considera parâmetros do Banco Mundial de US$2,15/dia para extrema pobreza e de US$ 6,85/dia para a pobreza, em termos de Poder de Paridade de Compra (PPC) a preços internacionais de 2017.

Os números colocam o Acre na primeira posição de estados do Norte em extrema pobreza, e na segunda colocação quanto à situação de pobreza, atrás do Amazonas, que teve 55%. O estado também ficou acima das médias nacionais, que foram de 31,6% para pobreza, e 5,9% para extrema pobreza.

O percentual de pessoas em extrema pobreza, ou seja, que viviam com menos de R$ 200,00 por mês, no Brasil, caiu para 5,9% em 2022, após alcançar 9,0% em 2021. Já a proporção de pessoas em situação de pobreza, que viviam com até R$ 637,00 por mês, caiu de 36,7% em 2021 para 31,6% em 2022. Em termos de contingente, em 2022, havia 12,7 milhões de pessoas na extrema pobreza e 67,8 milhões na pobreza, com queda de cerca de 6,5 e 10,2 milhões de pessoas, respectivamente, nessas situações de um ano para o outro.

Programas sociais reduzem extrema pobreza em cerca de 80%

Além da maior participação na composição da renda da população extremamente pobre, os benefícios de programas sociais governamentais também impactam na redução, principalmente, da extrema pobreza. O estudo analisou a hipótese de não existirem os referidos programas, e os dados mostraram que a extrema pobreza teria sido cerca de 80% maior, elevando o percentual atual de 5,9% para 10,6% no Brasil.

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Com relação à pobreza, os impactos da ausência dos benefícios de programas sociais governamentais teriam sido menores, com uma proporção de pobres 12,0% maior do que o efetivamente registrado em 2022, passando de 31,6% para 35,4%.

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