CGU constata adulteração no cartão de vacina de Jair Bolsonaro

Informações falsas foram incluídas no cartão de vacina do ex-presidente por meio do portal estadual de vacinação de São Paulo

Controladoria-Geral da União (CGU) constatou que houve falsificação nas informações do cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por meio do portal estadual de vacinação de São Paulo, o Sistema VaciVida. No entanto, o órgão não apontou suspeitos da fraude.

O funcionário que era responsável pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, em São Paulo, à época em que supostamente o ex-presidente foi vacinado, afirmou à CGU que Bolsonaro nunca esteve no local. Além disso, os servidores da unidade de saúde negaram conhecer qualquer pedido feito para registrar a imunização do então chefe do Executivo.

A investigação conduzida pela CGU aponta que dados da Força Aérea Brasileira (FAB) indicam que Bolsonaro retornou de São Paulo em direção a Brasília em 18 de julho de 2021, um dia antes da suposta vacina, e não teria outro voo até 22 de junho do mesmo ano.

Outro ponto destacado pela CGU é de que o lote da suposta vacina tomado pelo ex-presidente não estaria disponível na data em que teria acontecido a imunização na UBS Parque Peruche.

A controladoria realizou diligências no Ministério da Saúde e constatou que não há possibilidade de que a falsificação tenha partido do órgão federal.

A CGU também investigou se houve a participação de funcionários do Ministério da Saúde, no entanto, não foram encontradas evidências neste sentido.

Dessa forma, a conclusão é de que se trata de fraude ao sistema estadual de registro de vacinação contra Covid-19.

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