A advogada Helane Christina, que representa a família de Maria José Pereira, de 67 anos, pediu o afastamento do sargento Manoel Ribeiro do Nascimento Neto, que estava no comando da ação da Polícia Militar no último dia 8, que terminou na morte da idosa, tia do goleiro Weverton.
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A família da idosa apresentou a denúncia ao Ministério Público do Acre (MPAC) na manhã da última quinta-feira (15). A partir disso, o órgão deve entrar com uma representação contra o sargento e deve pedir que ele seja afastado até que seja apurado todos os fatos.
Segundo o g1, o Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC) e a Promotoria Especializada do Controle Externo da Atividade Policial iniciam a oitiva das testemunhas do caso que aconteceu na casa da idosa, localizada no bairro Pista. Além das oitivas, serão utilizados vídeos que a família de Maria José apresentou desde a chegada da guarnição e a abordagem.
Entenda
A idosa Maria José Pereira, de 67 anos, morreu na última terça-feira (13), no Pronto-Socorro de Rio Branco, após sofrer uma parada cardíaca. Sua casa, localizada no bairro da Pista, teria sido invadida por policiais militares ainda nesta semana – ocasião em que os agentes jogaram spray de pimenta nela e em uma criança. O momento de pânico vivido por Maria José fez com que ela fosse encaminhada ao PS.
O caso ganhou repercussão depois de uma denúncia feita peita por uma advogada, que acusou os PMs de truculência. Em nota, o Comando-Geral da corporação se manifestou e disse que os militares envolvidos serão investigados pela corregedoria. Além disso, lamentou a morte e prestou condolências à família da idosa.
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Uma das filhas de Maria José Pereira usou as redes sociais na noite desta quinta-feira (15) para voltar a comentar a morte da mãe. Em um vídeo de oito minutos, a jovem relata que por volta das 20h30 de quinta-feira (8), agentes da PM invadiram a residência sem mandado, buscando por um dos filhos de Maria José, primo de Weverton, que está preso há dois anos pelo crime de furto.
Quando a família explicou que o homem está preso, os policiais, segundo a jovem, decidiram usaram spray de pimenta na idosa, nas filhas dela que estavam presentes durante a abordagem e nos netos. Segundo a jovem, a PM não ligou para a situação da idosa que apresentava sinais de nervosismo devido a presença dos agentes.