As buscas pelos dois fugitivos acreanos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, já duram 45 dias. Os gastos da operação, que envolve mais de 600 agentes de segurança, já passam de R$ 2,1 milhões.
As buscas contam com agentes da Polícia Federal (PF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e da Força Nacional, que foi dispensada e teve sua última atuação nas buscas na sexta-feira (29).
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento foram transferidos para Mossoró em setembro de 2023, após participarem da rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que deixou cinco mortos.
A dupla conseguiu escapar da penitenciária em Mossoró no dia 14 de fevereiro deste ano, quando abriram passagem por um buraco atrás de uma luminária e cortaram duas cercas de arame, utilizando ferramentas de uma obra, que era realizada no local. Essa foi a primeira fuga registrada no Sistema Penitenciário Federal desde a sua criação, em 2006.
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Um levantamento feito pela GloboNews mostra os valores gastos para a tentativa de recaptura. Só com a Força Nacional já foram gastos R$ 1.245.549 milhões. Com a Polícia Federal o valor é de R$ 497.812, e com a Senappen, o valor total de gastos é de R$ 372.218. Não foram considerados os gastos com alimentação e salário dos agentes envolvidos nas buscas aos fugitivos.
Encerramento das atividades da Força Nacional
A Força nacional, composta por Bombeiros Militares, Policiais Civil e peritos encerrou seus trabalhos na sexta-feira (30). O uso dos agentes tinha sido renovado no dia 20 de março, por mais 10 dias apenas.
De acordo com a Senappen, a dispensa acontece em razão de uma mudança de estratégia, e as próximas ações na operação terão o uso das forças locais, como as polícias Militar, Civil e Judiciária.