O senador Alan Rick deve se desfiliar do União Brasil, partido do qual é inclusive o presidente regional. A gota d’água no copo de mágoas já prestes a transbordar desde o início do ano por decisões do diretório municipal, deu-se pelo anúncio do diretório municipal de apoio à candidatura à reeleição do prefeito Tião Bocalom.
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O anúncio foi feito pelo presidente do diretório municipal do União, deputado Fábio Rueda, que deve inclusive indicar o vice da chapa de Bocalom. A decisão, que contaria com a anuência do deputado federal licenciado Eduardo Veloso, no qual Rueda é suplente, foi anunciada sem o conhecimento de Alan Rick e muito menos do deputado federal Coronel Ulysses, que não se manifestou ainda em relação à decisão.
A decisão de Alan Rick em romper agora com o União tem duas causas em anos diferentes: compromissos com o governo, que não poderiam ser desfeitos em 2024, e em relação ao futuro, em 2026.
O tabuleiro indica que, em 2026, se reeleito, Bocalom seria candidato ao Governo, com o apoio do senador Márcio Bittar, que é candidato à reeleição. A chapa teria Bocalom disputando o Governo, cargo que Alan também almeja disputar.
O senador, no entanto, se mantiver a decisão de romper com o União Brasil para se manter fiel às relações com o governador Gladson Cameli e o PP, vai encontrar outro empecilho, que atende pelo nome de Marcus Alexandre e a sigla PT.
Bolsonarista convicto, o senador tem dito que não quer relações com a esquerda e com quem é egresso de lá, que é o caso de Alexandre. Além disso, mesmo que saia candidato pelo MDB, Marcus Alexandre mantém o PT e outras siglas como o PC do. B.
É que o mesmo tabuleiro indica que Marcus Alexandre poderá contar com o apoio do PP e o candidato de Gladson Cameli, Alysson Bestene, como candidato a vice-prefeito.