Um levantamento divulgado nesta terça-feira (30) pelo Corpo de Bombeiros de Sena Madureira revelou que somente no mês de abril quatro ocorrências de naufrágio foram registradas nos rios do município, com maior incidência no Rio Iaco.
O caso mais recente se deu na altura da comunidade Mariomba, onde um morador sofreu dois naufrágios em um único dia e ainda não conseguiu recuperar a voadeira.
Houve também uma ocorrência nas proximidades da Ponte Metálica José Nogueira Sobrinho. Uma embarcação que transportava oito pessoas, dentre as quais algumas crianças, naufragou quando o piloto tentou cortar um banzeiro. Com a ajuda de populares, todos conseguiram sair para a margem do rio.
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De acordo com o tenente C. Queiróz, do Corpo de Bombeiros de Sena Madureira, uma das principais causas dos alagamentos é a superlotação. “Temos verificado que a superlotação das embarcações é o motivo principal, onde ribeirinhos colocam peso acima do normal para navegar nos rios. Em locais de correnteza, o perigo aumenta ainda mais. Em outros casos, as canoas não são bem cuidadas nos portos. Quando há um repiquete, ocorre o alagamento”, destacou.
Nas quatro ocorrências de abril registradas oficialmente em Sena Madureira, não houve nenhuma vítima fatal.
O tenente C. Queiróz chama a atenção dos ribeirinhos quanto à utilização do colete salva-vidas. “Infelizmente os moradores, em sua maioria, não têm o hábito de usar os coletes. Esse equipamento é muito importante porque, em caso de naufrágio, ajuda as pessoas a flutuarem nas águas, preservando suas vidas. Aproveitamos o momento para recomendar mais uma vez que as pessoas usem o colete quando estiverem viajando nos rios da nossa região”, completou.
Um trabalho de fiscalização nesse sentido compete à Marinha do Brasil.
Fevereiro e março também houve naufrágios, inclusive com o registro de duas mortes
A ocorrência mais grave deste ano em Sena Madureira relacionada a naufrágios se deu em fevereiro deste ano. Uma embarcação afundou nas imediações do encontro das águas (Boca do Caeté e Rio Iaco). Na ocasião, pai e filha morreram afogados.
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Já em março, um batelão afundou no alto Rio Iaco e um morador sofreu um prejuízo na ordem de 60 mil reais.