O Divisão de Meterologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) divulgou nesta terça-feira (16), o Boletim do Tempo em Rio Branco, informando que rios da capital apresentam redução significativa e indicam condição de tempo instável sobre o Acre.
O Rio Acre em Rio Branco apresenta nível de 5,84, mostrando-se abaixo da média de 9,05 para o período. Também há indicativo de anomalia negativa em rios dos municípios de Santa Rosa do Purus e Assis Brasil, onde as chuvas deverão estar abaixo do esperado para o período.
No Rio Acre, rios das localidades atingidas representam redução significativa, sendo, Aldeia dos Patos (3,67), Assis Brasil (3,67), Brasiléia (1,74), Xapuri (2,48), Colônia Dolores/Xapuri (SL), Capixaba (SL), Rio Branco (5,84), Espalha/S. Belo H. (5,73), Riozinho do Rola (6,19) e Porto Acre (5,27).
No Purus, as localidades também representam redução nos rios, sendo Sena Madureira (5,76), Manoel Urbano (4,76) e Santa Rosa do Purus (3,59).
Na Bacia Tarauacá-Envira, Feijó tem nível de 5,54 de redução, mas Jordão e Taraucá encontram-se estáveis.
No Juruá, os rios que tem redução são em Cruzeiro do Sul (8,15), Porto Walter (2,68) e Marechal Thaumaturgo (4,62). Em Ponte do Liberdade, há elevação de 2,43.
Apenas na Bacia do Rio Abunã, em Plácido de Castro, tem nível de 5,75 de elevação.
Previsão de seca extrema
A Defesa Civil alertou dois extremos para o Acre, sendo o primeiro a segunda maior enchente do manancial, e o segundo a pior seca dos últimos tempos.
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O ex- coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, já havia informado que, juntamente com a prefeitura de Rio Branco, já estão se preparando para enfrentar o período de estiagem que está por vir nos próximos meses, com preparação de reservatórios de água e dos planos de contingência de escassez hídrica e de queimadas.
“A partir de abril vamos ter seca já, até dezembro. São muitos meses, fazendo com que a gente enfrente muitas dificuldades, como altas temperaturas, favorecendo queimadas, a qualidade do ar cai bastante, e também a dificuldade em se abastecer. Então realmente promete ser uma das piores secas que já enfrentamos”, alertou.
Em novembro do ano passado o afluente chegou a registrar 1,42 metros, menor cota já registrada para o período, fazendo com que a capital sofresse as fortes consequências da estiagem, como o desabastecimento em zona rurais, perda e atrasos de produções, por exemplo.