O Departamento Estadual de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária do Acre (Deracre) reabriu o porto para permitir o transporte fluvial de combustíveis no porto de Cruzeiro do Sul. A medida foi tomada após protesto realizado por empresários das cidades de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo.
Os donos de postos de combustíveis e de pontos no Alto Rio Juruá, nos municípios de Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, suspenderam as vendas de gasolina e diesel desde a última terça-feira (28).
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Em nota, o Departamento de Estradas de Rodagens do Acre (Deracre) se manifestou acerca da situação que envolve a situação do abastecimento nos dois municípios. O órgão afirmou que “em consequência de um acidente ocorrido em 2019, foi cedida provisoriamente uma área no porto fluvial de Cruzeiro do Sul, para que empresas pudessem realizar o transbordo de combustíveis destinados aos municípios isolados do estado, como Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Jordão e Santa Rosa do Purus”.
O acidente em questão se trata da explosão de um barco que carregava tambores de combustíveis. O acidente deixou 18 pessoas feridas em estado grave. Segundo o Corpo de Bombeiros, a explosão ocorreu no momento em que o barco estava sendo abastecido.
Ainda segundo o Deracre, na época ficou acordado que o o órgão iria solicitar uma licença provisória de 60 dias ao Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) para que as empresas se regularizassem, o que foi cumprido apenas pelo departamento. Mesmo após o vencimento da licença as empresas foram notificadas para que regularizassem sua situação, no entanto, não o fizeram.
Em razão disso foi encaminhado o pedido de suspensão das atividades das empresas, que transportam produtos inflamáveis e explosivos.
Ao g1 Acre, a presidente do Deracre, Sula Ximenes, informou que foram emitidos ofícios para as empresas para que sejam regularizadas. “O último a gente mandou ofício e finalizou o prazo em fevereiro. A gente vem dando prazo há 4 anos pra que essas empresas se regularizem e não acontece nada. A gente resolveu suspender para que eles regularizassem”, explicou.
“O Deracre não pode fazer essa regularização por eles só. Quem tem que fazer são as empresas. Diante disso, houve uma reunião junto a Casa Civil e foi aberta uma janela de 15 dias. Haverá uma nova reunião entre os empresários, os prefeitos e o Deracre, no qual nós assinaremos um Termo de Ajustamento de Conduta, para que eles [empresários] regularizem em 60 dias. Não havendo essa regularização, será suspendido em definitivo”, disse Sula ao g1 Acre.