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Febre oropouche: Ministério da Saúde emite alerta nacional e Acre registra mais de 350 casos

Por Matheus Mello, ContilNet

Nesta semana o Ministério da Saúde emitiu um alerta em razão do aumento de casos de febre oropouche no país. Até o momento, já foram registrados mais de 5 mil casos.

Seus transmissores na natureza são os mosquitos como Aedes serratus (Pará) e Coquillettidia venezuelensis (Trinidad)/Foto: Reprodução

Os estado com o maior número de casos confirmados é o Amazonas (2.947) e Rondônia (1.528).

No primeiro momento, os casos estavam concentrados na Região Norte, mas nas últimas semanas, houve uma difusão da doença para outros estados brasileiros.

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De acordo com o Ministério da Saúde, além do Acre, Amazonas e Rondônia, já há casos confirmados e em investigação no Amapá, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Santa Catarina.

Por ser uma doença não muito típica no país, o Ministério da Saúde ainda não tinha um manual ou protocolo para a febre oropouche. Agora, as autoridades em Saúde fizeram a construção das orientações para a observação clínica da doença.

O Ministério já iniciou a distribuição testes para diagnóstico aos Lacens de todo o país. A única forma de diagnosticar a doença é pelo exame RT-PCR.

Mais de 350 casos

De acordo com o último boletim das doenças arboviroses, emitido pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), referentes aos dados de 14 de maio, o Acre já registrou 351 casos de febre oropouche, de 2023 até agora.

Além disso, dos 22 municípios, 20 já tiveram registros da doença. Apenas Rodrigues Alves e Santa Rosa do Purus não tem casos confirmados. As unidades de Saúde também coletaram 793 amostras para exames.

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Em comparação ao último boletim divulgado no dia 03 de maio, houve um aumento de 33 novos casos. Naquele boletim, o Acre tinha até então 318 casos confirmados.

Mais cedo, uma reportagem divulgada pelo Estadão tinha apontado que o Acre é o terceiro estado com maior número de casos da doença em 2024, atrás apenas do Amazonas e Rondônia.

O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, em entrevista ao ContilNet em janeiro deste ano afirmou que mesmo com um aumento considerável de 106% de quadros de dengue em relação a 2023, mais da metade dos casos analisados são, na verdade, de febre oropouche, uma doença infecciosa bem presente nas américas e com casos já registrados no Acre.

O que é febre oropouche?

A febre oropouche é uma doença infecciosa aguda e é causada pelo vírus de mesmo nome. Além disso, a doença é causada por um arbovírus.

Quais são as causas da febre oropouche ?

A febre oropouche ocorre em dois ciclos, o silvestre e o urbano. No ciclo silvestre, geralmente, costuma infectar macacos e bichos-preguiça, além de aves silvestres. Seus transmissores na natureza são os mosquitos como Aedes serratus (Pará) e Coquillettidia venezuelensis (Trinidad).

No ciclo urbano, o único hospedeiro é o ser humano e ela normalmente é transmitida pelo Culicoides paraensis, também conhecido como borrachudo ou maruim.

Quais são os sintomas da febre oropouche?

Os principais sintomas da febre oropouche são:

– febre;
– calafrios;
– dor de cabeça;
– dor nas articulações;
– náuseas.

Quais são as formas de tratamento da febre oropouche?

O tratamento da febre oropouche consiste no uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. Em casos graves da febre de Oropouche, pode ser necessária uma terapia antiviral que utiliza um fármaco chamado ribavirina.

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