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Dia da Liberdade de Imprensa: conheça história do jornalista agredido em ato bolsonarista

Por Vitor Paiva, ContilNet

O Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é comemorado nesta sexta-feira (3), e foi instituído em dezembro de 1993, através de uma decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas e surge como uma maneira de assegurar a liberdade dos profissionais da comunicação de realizarem as devidas investigações e lembrar daqueles que de maneira física ou emocional foram atacados no exercício da profissão.

Casos em que a imprensa é atacada durante o exercício de sua profissão também ocorrem, e servem de alerta para lembrar que o exercer livre da profissão é necessário para que os jornalistas cumpram sua função social, que é a de levar informação de qualidade para a população.

No dia 8 de janeiro de 2023, um caso em que um jornalista foi agredido no exercício da profissão ocorreu e lembrar destes incidentes é necessário. Ithamar Souza estava cobrindo a prisão de um grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que estavam sendo encaminhados à sede da Polícia Federal.

Ithamar Souza foi o jornalista agredido durante a prisão dos manifestantes/Foto: Reprodução/Facebook

Durante a chegada, um dos indivíduos conduzidos agrediu o repórter que estava realizando uma filmagem do momento, inclusive atingindo seu equipamento.

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O jornalista afirma que estava realizando a cobertura e ainda quando entravam no local foi atingido.

Fui pegar a entrada, como a gente faz com qualquer um, na delegacia, e um deles partiu para cima e acabou batendo no meu celular, e me deu um soco na frente da Superintendência da Polícia Federal”, disse Souza.

Ele ainda relata que as agressões partiram não somente de uma pessoa, mas que o filho do homem também tentou agredi-lo. Ele afirma ainda que dali foram encaminhados para a delegacia do Tucumã para realizar os procedimentos necessários.

Instantes antes do agressor atingir o equipamento de Souza e posteriormente a vítima/ Foto: Reprodução

“Eu cubro a área policial e nunca fui agredido ou ameaçado por nenhum faccionado, mas esse episódio acabou acontecendo. Eu também votei no Bolsonaro, mas nem por isso vou pactuar com desmandos e contra a democracia, ordem e direito de todos irem e virem, quando se tem agressão de pessoas deixa de ser uma manifestação e passa a ser crime, que foi o que aconteceu”, conta ele.

O repórter policial ainda afirma que nunca precisou de proteção da polícia ou algo do gênero para executar o seu trabalho, e que, felizmente, acredita que no estado do Acre este seja um caso isolado. “Nunca foi necessário ter a força policial para poder fazer o nosso trabalho, mas infelizmente tem alguns casos que a gente acaba pedindo essa proteção policial, prestando queixas e fazendo os relatos à delegacia”.

Por fim, o jornalista salienta que ele não estava tomando atitudes fora do padrão e que a cobertura seria feita da mesma maneira independente de qual crime as pessoas envolvidas tivessem cometido.

“Como imprensa devemos jamais recuar, eles são iguais aos outros, não faz diferença , podia ser o crime que for, seguiremos a mesma medida para todos, fazer as imagens, os nomes, como em qualquer outra matéria”.

A imprensa, em hipótese alguma, deve ser cerceada, pois a população tem o direito à informação e organizá-la da melhor maneira possível, com a responsabilidade, seriedade e dedicação é a principal função de um jornalista, que jamais deve ser obstruída.

Confira o vídeo na integra:

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