As greves da Universidade Federal do Acre (Ufac) e do Instituto Federal do Acre (Ifac) ainda seguem de pé, depois de 37 e 57 dias, respectivamente, completados nesta sexta-feira (31), depois de recusarem mais propostas do governo federal nas últimas semanas.
Sobre os institutos federais, houveram reuniões nos dias 15 e 21 de maio, em Brasília, onde uma nova proposta foi oferecida e novamente negada, já que, de acordo com o grupo grevista do Ifac, ela não atende às exigências salariais nem o plano de reestruturação de carreira.
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A proposta feita pelo sindicato que os representa pede uma recomposição salarial de 22,71% para os docentes da instituição e de 34,22% para os técnicos administrativos da educação (TAE), até o ano de 2026.
A votação feita por eles ficou da seguinte maneira para cada uma das categorias, com 181 votos envolvendo docentes, sendo quatro a favor da proposta feita pelo governo federal, 163 contra e 14 abstenções.
Já em relação aos TAE, foram 192 votos totais, com novamente quatro a favor, 185 contra e apenas três abstenções. As reuniões ocorrem presencialmente em Brasília, mas também pela internet, para a participação de representantes de todos os IFs grevistas.
Enquanto na Ufac, duas greves de servidores correm em paralelo, sendo as dos técnicos-administrativos, que foi iniciada há 82 dias. Neste período já foram rejeitadas duas propostas, sendo uma delas com 9% de reajuste salarial em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026.
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A segunda consiste nos mesmos 9% em janeiro de 2025 e mais 5% em maio de 2026, que também foi negada. Uma outra proposta foi aceita, mas eles seguem em greve por tempo indeterminado, em apoio aos professores da instituição que também estão em greve e devem ter uma nova rodada de discussões no dia 3 de junho.
Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (ADUFAC) informou durante esta semana que uma nova proposta feita aos professores foi recusada e agora seguem no aguardo das novas ofertas feitas pelo governo federal.
A ADUFAC reitera seu compromisso com a defesa da educação pública de qualidade e com o bem-estar da comunidade acadêmica. Enquanto persistir a intransigência do governo, a greve se mantém como instrumento legítimo de luta pelos direitos dos professores e pela valorização do ensino superior no país.