A família de Wesley Santos da Silva, jovem que foi assassinado pelo policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto durante a Expoacre 2023, está organizando uma manifestação na última noite da Expoacre 2024, durante a feira, no domingo (8).
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Família de Wesley Santos da Silva/Foto: ContilNet
A ação tem como objetivo chamar a atenção para o caso e exigir justiça, além de protestar contra a impunidade e o risco de que o acusado continue em liberdade.
O incidente que resultou na morte de Wesley e na tentativa de feminicídio contra Rita de Cássia ocorreu na madrugada de 7 de agosto de 2023, durante a Expoacre em Rio Branco.
Raimundo Nonato, que foi denunciado pelo Ministério Público do Acre e está aguardando julgamento, confessou ser o autor dos disparos que vitimaram Wesley e feriram Rita. O caso gerou uma onda de indignação pública e levou a várias manifestações em busca de justiça.
À esquerda, o jovem de 20 anos; e à direita, o policial penal/Foto: Reprodução
A mãe de Wesley, em declarações emocionadas, expressou seu desespero e determinação.
“Amanhã vamos estar lá com um grito de socorro pelo que aconteceu injustamente com meu filho. Tudo aconteceu na última noite de Expoacre, então amanhã é um dia muito importante para se manifestar e gritar por justiça. Queremos chamar a atenção para que a injustiça não caia no esquecimento. O policial já foi convocado para júri, mas queremos garantir que ele não saia impune e não tenha a chance de cometer novos crimes.”
O protesto visa não apenas prestar homenagem a Wesley, mas também alertar a sociedade sobre o perigo da atuação de policiais fora de serviço e o impacto do assédio sexual.
A manifestação está prevista para ocorrer nas proximidades do Parque de Exposições Wildy Viana, onde o crime aconteceu. A família espera que a ação possa pressionar as autoridades e manter o caso em evidência até que uma decisão justa seja alcançada.
A decisão de manter a prisão preventiva de Raimundo Nonato foi confirmada pelo juiz Robson Ribeiro, que negou o pedido da defesa para que ele respondesse em liberdade. A família e os apoiadores acreditam que a mobilização pública é essencial para garantir que o acusado enfrente as consequências de seus atos e para evitar que casos semelhantes ocorram no futuro.
