Inflação nacional sempre acima da meta estabelecida pelo Governo Federal e o Banco Central. É o que vem sendo previsto nos últimos dias o mercado financeiro com base em projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, para 2024, 2025 e 2026.
Os dados foram foram divulgados pelo relatório Focus, do Banco Central (BC), nesta segunda-feira (4), em Brasília. De acordo com a estimativa do mercado, o índice passou de 4,55%, na semana passada, para 4,59% — valor acima do limite da meta para este ano, que é de 4,50%. Estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta da inflação para 2024 é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (4,5% e 1,5%).
As informações são fruto de análise de mais de 100 especialistas do mercado financeiro, consultados semanalmente na pesquisa. Atualmente, o IPCA está em 4,42% no acumulado de 12 meses até setembro. No mês passado, a inflação cresceu 0,44%, puxada principalmente pelo aumento dos preços da energia elétrica (5,36%).
A estimativa da taxa básica de juros do país, a Selic, para este ano permanece inalterada, pela quinta semana seguida, em 11,75% ao ano. Ou seja, o mercado aposta em novas elevações na taxa de juros até o fim de 2024.
De acordo com a projeção de economistas, a Selic subirá dos atuais 10,75% ao ano para 11,75% ao ano até o fim de 2024. Isso significa que os analistas esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumente a taxa de juros nas próximas duas reuniões do comitê (de novembro e dezembro).
A próxima reunião do Copom está prevista para ocorrer nesta terça-feira (5) e quarta-feira (6). A aposta do mercado é em uma elevação de 0,50 ponto percentual no encontro desta semana.