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Estudantes que explodiram bomba em escola são indiciados por lesão e tentativa de homicídio

Por Redação ContilNet

O delegado Tiago Parente, titular da Unidade de Segurança Pública de Sena Madureira, falou com a imprensa nesta terça-feira (12) sobre o trabalho realizado pela Polícia Civil em relação a explosão de uma bomba caseira na escola Instituto Santa Juliana que deixou quatro alunas feridas. Todos os procedimentos cabíveis foram adotados e dois adolescentes, responsáveis pelo ataque, estão internados no Centro Socioeducativo Purus.

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Conforme o delegado, eles foram indiciados por atos infracionais análogos a tentativa de homicídio e lesão corporal dolosa. “Foi uma investigação que demandou muito da Polícia Civil, visto que, era preciso dar uma resposta à sociedade. Parte das atividades aqui na delegacia foram paralisadas para que pudéssemos nos dedicar as investigações. Com isso, conseguimos os mandados de internação provisória dos adolescentes, os quais representei e o Ministério Público prontamente atendeu o pedido e em seguida foi para o juizado da infância e juventude que deferiu os mandados de internação. O incidente foi premeditado porque os adolescentes já tinham essas bombas caseiras em depósito. De certa forma, esse fato causou uma comoção na cidade e não medimos esforços para que os autores fossem responsabilizados”, frisou.

Escola Instituto Santa Juliana/Foto: ContilNet

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A situação foi tão grave que, por pouco, uma estudante não morreu. “Tivemos uma vítima que por pouco não veio a óbito. Ela foi atingida por dois fragmentos – um transfixou seu pescoço e o outro atingiu bem próximo a jugular. Se fosse um centímetro a mais para o lado, a vítima com certeza teria falecido. Além disso, ficou bastante queimada”, destacou o delegado.

No curso das investigações, 15 pessoas foram ouvidas na Unidade de Segurança Pública. Além de serem internados no Centro Socioeducativo de Sena Madureira, os adolescentes de 13 anos e 14 anos, respectivamente, também foram expulsos da escola.

Indiciados por tentativa de homicídio e lesão corporal dolosa, os dois infratores poderão passar, no máximo, três anos internados, conforme preceitua a lei.

A jovem ferida recebeu atendimento médico imediato e passa por acompanhamento após o incidente na Escola Instituto Santa Juliana/Foto: cedida

Evento na escola celebrava o Dia das Crianças com “a festa à fantasia”

Para celebrar o Dia das Crianças, foi estabelecido um tema: “a festa à fantasia”. Tudo transcorria dentro da normalidade quando um determinado aluno teria iniciado uma confusão. Ele foi devidamente identificado e expulso do ambiente. Restou apurado que esse aluno encontrou um colega fora da escola e decidiu provocar o ato infracional.

Inicialmente, eles estouraram uma bomba na lateral da escola, na Avenida Brasil que, por sinal, não surtiu efeito. Posteriormente, o adolescente conseguiu acessar o interior da escola e explodiu a bomba no meio do pátio, onde dezenas de estudantes estavam se confraternizando.

Com a explosão, quatro adolescentes ficaram feridas e precisaram ser levadas para o Pronto Socorro do Hospital João Câncio Fernandes: duas apresentaram sangramento no ouvido, outra estava com perfuração e queimadura no pescoço e quarta vítima sofreu queimadura no rosto.

Para a polícia, o caso está elucidado.

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