Alguns produtos foram tão marcantes para os usuários que, mesmo após serem “ultrapassados” por inovações tecnológicas, ainda despertam o interesse e a nostalgia de muitos fãs de bugigangas tecnológicas. É o caso do Tamagotchi, a mascote virtual que foi febre nos 1990 e 2000, e do laptop da Xuxa, o primeiro “PC gamer” de muitos baixinhos.
Walkman, Cybershot e Game Boy são outros exemplos dispositivos icônicos que rompem a barreira do tempo e, portanto, compõem a lista. A seguir, o TechTudo relembra alguns produtos que foram descontinuados e, em alguns casos, até tentaram retornar em algum momento. Confira.
Confira, no índice abaixo, todos os eletrônicos nostálgicos que você vai encontrar na matéria.
- Tamagotchi
- Laptop da Xuxa
- Game Boy
- Câmera Cybershot
- Walkman e Discman
- Computadores dos anos 1990/início dos 2000
- TV de tubo
1. Tamagotchi
Tamagotchi foi uma febre na década de 1990, tornando-se o “pet virtual” de muitas crianças da época. O bichinho foi tão popular que, no Brasil, surgiram modelos “paralelos” e mais baratos que tentavam emular o funcionamento do dispositivo da Bandai. Era uma espécie de pager com tela monocromática que apresentava um bichinho que exigia cuidados constantes de seus donos. O objetivo era cuidar, alimentar e interagir com o animal virtual a fim de mantê-lo em plena condição.
É claro que o cuidado demandava tempo e atenção, o que fazia com que jovens e crianças levassem seus dispositivos para a escola — e isso se tornou um problema para alguns alunos, que acabaram tendo seus bichinhos confiscados até o fim das aulas. A Bandai já fez alguns relançamentos do Tamagotchi. O mais recente foi em 2024 com o Tamagotchi Connection, que prometia atualizar o brinquedo para atrair novos fãs e claro, os saudosistas pelo hobby. Nos anos 2010, um app bastante similar aproveitou esse formato, o Pou.
2. Laptop da Xuxa
O laptop da Xuxa foi muito popular entre o final dos anos 1990 e início dos anos 2000. O brinquedo educativo simulava a aparência de um notebook, com teclado, display e até mouse, e apresentava diferentes tarefas para crianças pequenas — que envolviam matemática, música, inglês e outros temas. A proposta do produto, portanto, era bem similar ao do Pense Bem, da TecToy.
Curiosamente, hoje em dia, quem fala a expressão “laptop da Xuxa” provavelmente está se referindo a um notebook barato ou limitado, já que o nome virou sinônimo de “PC fraco”. Hoje em dia, não faz sentido relançar o laptop da Xuxa, já que as crianças contemporâneas brincam com tablets ou mesmo notebooks de verdade — que são bem mais avançados tecnologicamente.
3. Game Boy
Se hoje a Nintendo domina o mercado de videogames portáteis com seu híbrido Nintendo Switch, a expertise da marca começou em abril de 1989 com o lançamento de seu primeiro console portátil com jogos cambiáveis, o Nintendo Game Boy. Com display de cristal líquido monocromático de 2,6 polegadas, o console, que contava com um processador de apenas 4,19 MHz, tornou-se uma verdadeira febre entre fãs de videogames, principalmente por popularizar títulos como Tetris e Pokémon.
Com vendas nas casas dos 118 milhões de unidades, o Game Boy ganhou diversas revisões de hardware, que adicionaram displays coloridos, deixaram o dispositivo mais compacto e claro, aprimoraram o desempenho do console. Ainda muito procurado por colecionadores, o Game Boy original pavimentou o caminho da Nintendo nos portáteis e, sem dúvida, é um dos grandes produtos de tecnologia da história contemporânea.
4. Câmera Cybershot
Lançada em 1996, a linha de câmeras digitais da Sony Cybershot foi um produto de sucesso que possibilitava a captura de imagens dispensando o uso de filmes fotográficos — o que hoje é bastante comum, mas, na época, era bastante inovador. Além de compactas, tinham designs coloridos e um apelo mais jovem, o que fez com que fosse um item bastante desejado pela juventude dos anos 2000.
Embora não entreguem uma qualidade de imagem tão boa considerando os padrões atuais, as câmeras Cybershot voltaram à moda nos últimos anos. Considerado um item “retrô”, alguns jovens buscam nesse modelo a estética dos anos 2000 e a possibilidade de registrar momentos em festas e confraternizações sem ter que usar o celular.
5. Walkman e Discman
Ouvir suas músicas em qualquer lugar é uma ideia bastante antiga, mas, somente em 1979, a Sony lançou o Walkman, um dispositivo que permitia ouvir fitas cassetes de forma portátil utilizando fones de ouvido. Um pouco depois, em 1984, a empresa criou um tocador de CDs, o Discman CD-50. Ambos os produtos revolucionaram o modo de ouvir música na época, mas, com a chegada do formato MP3, eles acabaram substituídos. Alguns anos depois, foi a vez dos smartphones substituírem os MP3s, mas os Walkmans e Discamans continuam bastante requisitos por colecionadores e entusiastas.
6. Computadores dos anos 1990/início dos 2000
Os computadores dos anos 90 e 2000 eram bem diferentes do que temos hoje à disposição, o que pode ser verificado quando vemos os números oferecidos pelos processadores populares da época. Chips como o Intel 486 de 1989, por exemplo, contavam com clock de até 100 MHz e cache de 8 KB a 16 KB. Já no meio da década de 90 o mercado começou a receber algumas soluções de placas de vídeo dedicadas, com modelos de marcas como Voodoo, ATI (que hoje faz parte da AMD), Matrox e Nvidia.
Apesar da pouca performance em comparação a chips modernos, é preciso lembrar que os processadores da época tinham que lidar com aplicações bem mais simples. E nada disso é empecilho para que os internautas de hoje lembrem desses dispositivos com nostalgia.
7. TV de tubo
As TVs de tubo, que também eram conhecidas como CRT por conta da tecnologia utilizada, perderam espaço no início dos anos 2000 com a chegada de televisores com tecnologia LCD (display de cristal líquido). O termo “tubo” se referia ao formato da parte interna, contando com um canhão de elétrons que disparava raios sobre uma tela de fósforo para formar as imagens.
A tecnologia CRT fazia com que as TVs fossem bem grandes e pesadas, apesar de as telas terem, em média, 20 polegadas. A resolução dos displays também era bem inferior ao que encontramos hoje, sendo em média de 480i, o que também acabava fazendo com que o formato da imagem, ou proporção de tela fosse diferente.