O Juiz Robson Aleixo, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Acre (MPAC) contra Leandro da Silva Rodrigues, de 37 anos, acusado de assassinar brutalmente a adolescente Geovana Souza de Silva, de 16 anos, a facadas.
Leandro foi preso em dezembro do ano passado/Foto: Reprodução
Leandro da Silva foi formalmente tornado réu no processo relacionado ao crime de feminicídio, que ocorreu na madrugada do dia 7 de dezembro de 2024, no cruzamento da Travessa Coral com a Rua Beija-Flor, no bairro Areal, Segundo Distrito de Rio Branco.
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Segundo a Polícia Militar, equipes do 2º Batalhão iniciaram buscas logo após o crime, onde testemunhas relataram que Leandro havia atacado a adolescente em via pública, após discussão entre o casal.
Os policiais localizaram a residência onde o acusado estava escondido, e apesar da tentativa de fuga, durante a abordagem, Leandro foi preso.
Segundo informações da TV 5, Leandro responderá a uma ação penal pelo crime de feminicídio, cuja pena varia de 20 a 40 anos de prisão. Ele foi preso no dia 8 de dezembro, durante uma ação de policiais militares no Segundo Distrito. Na ocasião, foi detido enquanto tentava fugir da casa, pulando o muro, onde estava escondido desde o dia do crime.
A denúncia apresentada pelo MPAC aponta que o réu matou a adolescente com golpes de faca.
Em seu depoimento prestado em 12 de dezembro, Leandro afirmou que estava sendo ameaçado de morte por membros de uma organização criminosa. Por determinação judicial, ele foi transferido para um pavilhão considerado seguro.
O próximo passo da Justiça será definir a data da audiência, além da distribuição e julgamento do processo.
Relembre o caso
A adolescente Geovana Souza de Silva, de 16 anos, foi vítima de feminicídio em via pública na madrugada deste sábado (7), no cruzamento da Travessa Coral com a Rua Beija-Flor, no bairro Areal, na região do Segundo Distrito de Rio Branco.
Vítima vivia em situação de rua. Foto: ContilNet
Segundo informações de testemunhas, Geovana, apesar de ter apenas 16 anos, já vivia em situação de rua e também maritalmente com uma pessoa identificada como Leandro, que teria sido o autor das facadas que vitimaram a adolescente. Um golpe acertou as costas, e outro atingiu o peito da vítima, que ainda chegou a correr para fugir do marido, mas caiu sem vida no meio da rua. Após a ação, o criminoso fugiu do local.
A testemunha que presenciou a briga do casal e também o feminicídio acionou a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que enviou uma ambulância de suporte básico 08 para os primeiros atendimentos. Em seguida, foi enviada a unidade de suporte avançado, mas, ao chegar ao local, os profissionais apenas puderam atestar a morte de Geovana.
Policiais militares do 2° Batalhão foram acionados, colheram informações e iniciaram diligências para localizar o autor do homicídio, mas, até o momento, ninguém foi preso.
A área foi isolada pelos policiais militares, que solicitaram a presença da perícia criminal e dos auxiliares de necropsia do Instituto Médico Legal (IML). Após os trabalhos periciais, o corpo foi encaminhado ao IML para exames cadavéricos.
Agentes da Polícia Civil, da Equipe de Pronto Emprego (EPE), também estiveram no local para coletar as primeiras informações. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A polícia conversou com Lindaura Inácio de Souza, avó de Geovana, confirmou que a neta, de 16 anos, vivia em situação de rua e mantinha um relacionamento abusivo com Leandro.
