A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, publicou em suas redes sociais, nesta quinta-feira (16), uma nota de repúdio após a estátua de Chico Mendes, localizada no Centro de Rio Branco, ser alvo de vandalismo na madrugada da última quarta-feira (15). O monumento, que homenageia o líder seringueiro e símbolo da luta pela preservação da Amazônia, foi danificado, após ter suas suas mãos arrancadas.
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Marina Silva, que também é acreana e foi companheira de luta de Chico Mendes, destacou na nota a gravidade do ato, e classificou a ação como um “ataque” à memória do ativista.

Marina ao lado de Chico Mendes, em Xapuri/(AC)/ Foto: Reprodução
“Não é apenas um ato de vandalismo, mas uma forma simbólica de atingir, de forma cruel, a memória do seringueiro responsável por atrair os olhos do mundo para a luta de preservação da Amazônia. Na impossibilidade de atingirem novamente o líder seringueiro e ambientalista, assassinado em 1988, aqueles que não se conformam com a permanência de seus ideais atacam os símbolos que lembram a importância de sua vida neste mundo”, disse em nota.
Ela relembrou, ainda, outros ataques que o monumento já sofreu no decorrer dos últimos anos, como em 2018, quando roubaram a escultura de uma criança que ficava ao lado da estátua de Chico, e em 2022, quando a peça foi derrubada. A ministra se solidarizou, ainda, com a família do ativista e pediu que os culpados pelo ato sejam encontrados.
Confira a nota:
“Na madrugada desta quarta-feira (15/1), a estátua de Chico Mendes, que fica na Praça dos Povos da Floresta, em Rio Branco (AC), foi mais uma vez depredada. Desta vez, arrancaram as duas mãos da escultura. Não é apenas um ato de vandalismo, mas uma forma simbólica de atingir, de forma cruel, a memória do seringueiro responsável por atrair os olhos do mundo para a luta de preservação da Amazônia.
Na impossibilidade de atingirem novamente o líder seringueiro e ambientalista, assassinado em 1988, aqueles que não se conformam com a permanência de seus ideais atacam os símbolos que lembram a importância de sua vida neste mundo.
Outros ataques ao monumento já haviam sido feitos em 2018 e 2022. Na primeira ocasião, roubaram a escultura do menino que acompanhava a estátua de Chico Mendes. Na segunda, derrubaram a estátua no chão, o que levou a um demorado processo de restauração.
Me solidarizo com a família Mendes, seus filhos Angela, Elenira e Sandino, e apoio a nota de repúdio divulgada pelo Comitê Chico Mendes, de Rio Branco, um movimento de resistência à destruição do meio ambiente e que atua como guardião dos seus ideais e legado, cada vez mais necessários nesse contexto de crise climática.
Para quem não sabe, vandalismo é crime tipificado no Código Penal Brasileiro e rogo para que as autoridades locais encontrem os responsáveis por esse crime”.