Jovem que matou adolescente a capacetadas não pode se aproximar da família da vítima

O juiz solicitou que o suspeito compareça a todos os atos processuais, sempre que intimado

Mesmo após decisão da justiça de revogar a prisão do jovem Fabrício Vieira Avelino, de 21 anos, acusado de matar o adolescente Pedro Henrique Costa Dias, de 13 anos, a capacetadas, o suspeito terá que cumprir algumas medidas exigidas pelo juiz Alesson José Santos Braz da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco.

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O jovem deve cumprir algumas medidas/Foto: Reprodução

Fabrício foi solto no dia 26 de dezembro de 2024.

O juiz solicitou que o suspeito compareça a todos os atos processuais, sempre que intimado, e o proibiu de ter acesso a casa, local de trabalho ou espaços que costumem ser frequentados por testemunhas e familiares da vítima. Também está proibido de manter contato com as testemunhas e familiares da vítima, “salvo quando autorizado previamente pelo juízo”.

Adolescente foi morto a golpes de capacete/Foto: Reprodução

Além das medidas anteriores, Fabrício está impedido de mudar de residência ou ausentar-se da comarca por mais de sete dias sem prévia autorização judicial.

“Morri junto com ele”, diz mãe de adolescente morto a capacetadas após suspeito ser solto

A mãe do adolescente que morreu após ser violentamente agredido, no dia 21 de setembro deste ano, está revoltada e não aceita a decisão da justiça.

Leya é mãe do adolescente morto a capacetadas/Foto: Reprodução

“O juiz, o promotor e as autoridades não são pais ou mães? Eu estou falando aqui como pai e mãe, porque sou os dois. Só quem é mãe, que já passou pelo que eu passei, vai entender. Além da dor da perda do meu neném, do meu bebê, tenho que enfrentar a justiça”, disse Leya Menezes, em entrevista ao Café com Notícias.

“Doutor Alcino [delegado] está equivocado quando cita, com toda convicção, sendo que ele não estava lá na hora, que foi uma ripada. Não foi, doutor Alcino. O senhor está equivocado. Infelizmente, eu vi, e foi um capacete. Eu tenho 49 anos e sei diferenciar um capacete de uma ripa”, continuou.

“Meus filhos saíram de casa para ir à casa do infeliz do pai, que está por aí bebendo, se divertindo e não teve luto. Eu pedi muitas vezes ao doutor Alcino que colocasse o pai no inquérito, e ele perguntou para mim quem matou meu filho. Eu, como qualquer mãe, abrindo um site policial e vendo uma matéria dessa, fico revoltada. No dia em que ele morreu, morri junto. Seu promotor, seu juiz, revejam essa situação. Meu coração está revoltado, destruído. 2024 foi o pior ano da minha vida. O rapaz passou quase 3 meses para ser preso e, depois de ser preso, foi solto”, concluiu.

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