“O PP não pode abrir mão sempre”, diz Mailza sobre disputa por presidência da Câmara e 2026

"O Progressistas saiu como vitorioso, e compartilhar, dividir, é importante e natural, mas não podemos ser punidos porque crescemos", argumentou a vice-governadora

O Progressistas, maior partido do Acre, abriu mão do protagonismo por duas vezes nos últimos meses: ao desistir de uma candidatura à Prefeitura de Rio Branco e apoiar o prefeito Tião Bocalom (PL), e por não lançar um candidato à presidência da Câmara de Rio Branco, mesmo tendo a maior bancada.

A vice-governadora Mailza Assis, um nome importante dentro do partido, foi questionada sobre a decisão da executiva nos dois momentos específicos, durante entrevista ao podcast do ContilNet, o Em Cena. Na ocasião, ela disse que as articulações são importantes, mas fez ponderações.

Mailza Assis em entrevista ao podcast do ContilNet, o Em Cena/Foto: ContilNet

“Eu disse que estamos no mesmo projeto. Então, esse poder precisa ser compartilhado. O Progressistas saiu como vitorioso, e compartilhar, dividir, é importante e natural, mas não podemos ser punidos porque crescemos. Às vezes, as justificativas são: ‘Ah, o Progressistas já tem isso, tem aquilo, cresceu muito e vai ter que abrir mão’. Não. Quanto mais cresce, mais oportunidade você precisa, mais espaço precisa ter. Crescemos porque fizemos um trabalho, uma tarefa, compartilhamos sonhos e conseguimos vencer. Então, a gente precisa ser considerado nisso”, afirmou.

“Eu penso que é natural que seja feito assim: alguém abre mão de alguma coisa, dá três passos para trás, alguém se posiciona e isso vai construindo sem divisão. Mas não pode ser isso para tudo, não pode ser assim. O PP vai abrir mão porque conquistou muito, tem muita coisa?! Não pode ser assim”, continuou.

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No processo de definição do novo presidente da Câmara, Mailza acredita que os diálogos foram conduzidos com responsabilidade pelo governador Gladson Cameli e o presidente da executiva municipal do partido, o secretário Aberson Carvalho.

“Entendo que o governador Gladson e o presidente do Progressistas devem ter pensado muito bem, junto com a equipe do Bocalom e os vereadores, e chegaram a esse consenso. O fato é: ninguém pode perder. Todo mundo precisa ter seu espaço. Isso não pode criar uma discórdia entre o nosso grupo, que está à frente, está bem consolidado e tem um projeto para concluir e vencer”, explicou.

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Mailza foi questionada se o “não pode ser para tudo” também vale para 2026:

“Exatamente. Não pode prevalecer sempre para o Progressistas. Não é o Progressistas que tem sempre que recuar. Houve a participação de todo mundo e todos precisam participar. Abriram mão agora?! Não participei das tratativas. Espero que tenha um sentido. Mas assim, precisa ter um compromisso de todos esses num só projeto. Eu espero que isso esteja bem latente na discussão entre eles.”

VEJA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:

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