Policial preso só de sunga após confusão acusa PMs de abuso de autoridade: “Só queriam me humilhar”

De acordo com o relato do Borges, a situação seria um ataque a uma pessoa que não poderia se defender, já que sofreu com sequelas de um derrame sofrido em 2016

O policial civil Reinaldo de Albuquerque Borges, envolvido em uma confusão com policiais militares na noite de sábado (11), se pronunciou acerca do ocorrido, alegando truculência e desproporcionalidade no momento da ação.

Policial Civil Reinaldo de Albuquerque Borges conta sua versão dos fatos/Foto: Reprodução

“Eu conheço muitos policiais militares, sempre tive uma uma boa relação com eles, falei ‘Opa boa noite o que que tá acontecendo aí meu amigo?’ Então ele disse que era  uma denúncia de perturbação, então a gente vai diminuir  o som, ele falou negativo, a festa acabou”, explicou.

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Reinaldo Borges explicou ainda que os agentes da Polícia Militar (PM) quiseram encaminhá-lo até a Delegacia de Flagrantes (Defla). Ele, por sua vez se negou, afirmando que não havia respaldo para que fossem encaminhados, já que perturbação do sossego não se enquadraria em situações que são contempladas pela Defla. 

“Eles disseram ‘então você vai ser conduzido para a Defla’, eu questionei sobre qual seria a alegação e qual crime eu cometi.  Ele falou ‘você vai ser conduzido para Defla, você sabe como é que funciona o procedimento’, então disse que só se é conduzido quando a gente comete um crime e a polícia militar chega no flagrante, que não é o meu caso eu tô aqui conversando com um policial a respeito de que de uma perturbação de sossego”, explicou.

De acordo com o relato do Borges, a situação seria um ataque a uma pessoa que não poderia se defender, já que sofreu com sequelas de um derrame sofrido em 2016, o que foi informado aos policiais militares, assim como uma desavença institucional por parte de alguns agentes da Polícia Militar.

Eu sou Policial Civil, eu jamais vou xingar eles, porque dá flagrante, eu sei o que eu sou, eu sei como fazer, então toda essa narrativa deles é para justificar a minha prisão. Eles vão falar coisas absurdas só para justificar a minha prisão, mas que no final das contas eles só queriam humilhar a polícia civil, porque eles têm uma rixa com a gente há muito tempo. Eles só queriam me humilhar”, ressaltou o PC. 

Ele revelou ainda ao ContilNet ter sido agredido com um mata-leão, e que a ação teria feito com que ele desmaiasse, e posteriormente, sendo arremessado dentro da viatura, mesmo tendo informado aos PMs que não revidaria.

“O tenente me deu um mata-leão, e quando eu desmaiei, me algemaram. Chamaram umas cinco viaturas para prender policial bêbado PCD, eu achei isso totalmente desproporcional”, enfatizou, reafirmando que não ofereceu resistência durante o processo.

Borges ainda relatou mais um ato considerado truculento por ele, ao afirmar que não conseguiria subir na viatura, devido a problemas decorrentes do derrame, ele teria sido arremessado dentro do veículo. 

Sobre as atitudes a serem tomadas no futuro, Borges enfatiza que vai buscar justiça através dos meios legais e que espera uma punição aos maus policiais.

“Eu já entrei em contato com o Ministério Público, com a corregedoria da Polícia Militar, com o diretor geral da Polícia Civil, com secretário de segurança e a gente já marcou reunião, então a gente vai até as últimas consequências para punir maus policiais”, encerrou.

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