IBGE aponta inflação negativa em Rio Branco e causa é congelamento na passagem de ônibus

Rio Branco está há mais de quatro anos sem aumento nas tarifas e é uma das poucas capitais do país que, ao invés de aumentar, a Prefeitura reduziu o valor

Rio Branco, a Capital do Acre, com uma população estimada em 364.756 pessoas, segundo o Censo de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve, em janeiro de 2025, inflação negativa de (- 0 34%) em relação ao aumento de preços de bens de consumo e serviços em comparação com dezembro de 2024.

O anúncio oficial da inflação no país no primeiro mês de 2025 foi divulgado pelo IBGE, nesta terça-feira (11), no Rio de Janeiro, apontando um leve aumento nos preços de 0,16% em comparação com dezembro de 2024 – mas, ainda assim, o menor índice para um mês de janeiro desde 1994, quando do lançamento do Plano Real.

Rio Branco vista de cima

Rio Branco vista de cima/Foto: Ramom Aquim

O IBGE também informou que, em 16 localidades do país, incluindo capitais e cidades de médio e grande porte, houve variações de preços para mais e para menos. Entre as 16 localidades onde o IBGE faz o acompanhamento semanal dos preços, a maior variação ocorreu em Aracaju (0,59%), influenciada pela alta das passagens aéreas (13,65%).

Já a menor variação foi em Rio Branco (-0,34%), por conta do recuo da energia elétrica residencial (-16,60%) e também pelo congelamento nos valores das tarifas do transporte coletivo. Cinco das 16 localidades registraram variações negativas no IPCA: Goiânia (-0,03%), Porto Alegre (-0,03%), São Luís (-0,08%), Curitiba (-0,09%) e Rio Branco (-0,34%).

Rio Branco está há mais de quatro anos sem aumento nas tarifas e é uma das poucas capitais do país que, ao invés de aumentar, a Prefeitura reduziu o valor/Foto: ContilNet

Tarifa reduzida ajuda no combate à inflação

Desde que assumiu a Prefeitura de Rio Branco, em 2020, o prefeito Tião Bocalom congelou o valor das tarifas no transporte coletivo. Isso fez com que Rio Branco passasse a ter a tarifa de transporte público mais barata entre as capitais brasileiras, fixada em R$ 3,75.

De acordo com o levantamento, a capital com a tarifa mais cara é Florianópolis, onde a passagem custa R$ 6,90 para pagamentos em dinheiro ou QR code. Quem utiliza cartão de transporte paga valores diferenciados, como R$ 5,75 para usuários regulares e R$ 6,75 para vale-transporte e cartões de turista. Já em Porto Velho, usuários que pagam em dinheiro desembolsam R$ 6 por bilhete, enquanto o valor é de R$ 4,50 para quem utiliza o cartão ComCard.

O prefeito Tião Bocalom celebrou o resultado da inflação em Rio Branco e concordou que o congelamento das tarifas no transporte público e o custo reduzido da passagem ao subsídio concedido às empresas ajude a população mais pobre com o aumento de seu poder de compra.

Bocalom/ Foto: ContilNet

“O que o trabalhador deixa de pagar numa passagem mais cara, o ajuda na compra de um pão para levar para casa”, avaliou o prefeito. “Quando assumimos, a passagem custava R$ 4,00 e o óleo diesel estava a R$ 3,50. Reduzimos a tarifa para R$ 3,50 e mantivemos esse valor até hoje, mesmo com o preço do diesel ultrapassando os R$ 7,00. Isso só foi possível graças ao subsídio que implementamos, garantindo que a população mais vulnerável não fosse penalizada com aumentos. Essa conquista reflete nossa gestão responsável e eficiente com os recursos públicos, permitindo que ações como essa sejam realizadas, com impacto direto na vida de quem mais precisa. Seguiremos trabalhando por você e para você, mantendo nosso compromisso com a melhoria da qualidade de vida em nossa capital”, disse o prefeito.

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