Indígena isolado procura contato com a sociedade e se assusta ao conhecer um isqueiro

Funai diz que o indivíduo pertence a um grupo de isolados da Terra Indígena Mamoriá Grande, em Lábrea, na divisa com o Acre

Um indígena possivelmente pertencente a um grupo de 25 indivíduos que vivem isolados na Terra Indígena (TI) Mamoriá Grande, localizada entre os municípios de Tapauá e Lábrea (AM), identificados oficialmente em 2021, está procurando fazer contato voluntário com a sociedade local. Ele vem procurando ribeirinhos no Amazonas. O município de Lábrea fica na divisa com o Estado do Acre, às margens do rio Purus.

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) informou que o encontro ocorreu no dia 12 de fevereiro/Foto: Reprodução

A identidade étnica do indígena ainda não foi determinada, mas a Funai confirmou que ele pertence à Terra Indígena (TI) Mamoriá Grande. Ele estaria buscando sair da situação de isolamento e entrou voluntariamente em contato com moradores da comunidade ribeirinha Bela Rosa, às margens do Rio Purus. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) informou que o encontro ocorreu no dia 12 de fevereiro.

A Funai disponibilizou imagens do indígena interagindo com um morador, enquanto outros ribeirinhos observam a cena. Em um dos registros, o morador apresenta um isqueiro ao visitante, que demonstra curiosidade e tenta aprender a usar o objeto. Os indígenas isolados não dominam o fogo, nem conhecem o sal.

No primeiro encontro, ambos os lados buscam estabelecer comunicação. O indígena se expressa em um dialeto desconhecido, enquanto os ribeirinhos tentam se comunicar em português e por meio de gestos.

De acordo com a Funai, o indígena permanece na comunidade. Para garantir sua assistência, um plano de contingência foi elaborado em conjunto com a Frente de Proteção Etnoambiental (FPE) Madeira Purus, a Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC) e a Secretaria de Saúde Indígena (SESAI).

“A equipe já está acompanhando e monitorando in loco a situação, mantendo cuidados necessários em relação ao indígena isolado, aguardando a chegada das equipes médicas e de servidores da fundação que já estão se deslocando para a localidade, onde irão permanecer por tempo indeterminado”, diz a entidade.

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