Governo Federal inclui cidades do Acre em plano emergencial contra dengue; milhões serão investidos

A lista com os 80 municípios brasileiros contemplados ainda não foi divulgada

Dois municípios acreanos foram incluídos no pacote emergencial de ações anunciado pelo Governo Federal nesta terça-feira (8), que prevê o reforço da assistência em 80 cidades prioritárias em todo o país. A iniciativa tem como objetivo reduzir a ocorrência de casos graves e mortes causadas pela dengue. Entre 29 de dezembro de 2024 e 29 de março de 2025, o Acre registrou o índice de incidência de 408,1 casos confirmados de dengue por 100 mil habitantes, superando o limite de 300, considerado indicativo de epidemia.

Acre segue no ranking dos estados do Brasil com maior incidência nos casos de dengue. Foto: Reprodução

Entre as medidas previstas pelo Governo Federal está a criação de 150 centros de hidratação para acolher pacientes com sintomas mais intensos. O investimento estimado pelo Ministério da Saúde para esse reforço é de até R$ 300 milhões, que também serão utilizados para ações como a intensificação da vacinação e apoio logístico aos municípios.

O Acre, ao lado de estados como São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Goiás, aparece com os maiores índices de transmissão proporcional da doença. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Mariângela Simão, destacou a concentração dos casos em regiões específicas: “Chama a atenção que 73% dos casos de 2025 estão concentrados em São Paulo, Minas Gerais e Paraná”.

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O estado aparece na segunda posição do ranking nacional de incidência, atrás apenas de São Paulo, que lidera com 815,5 casos por 100 mil habitantes. Além do Acre e de São Paulo, outros três estados também superaram o índice epidêmico: Goiás (404,1), Mato Grosso (321,5) e Espírito Santo (305,5).

A lista com os 80 municípios contemplados ainda não foi divulgada, mas além do Acre, há cidades selecionadas nos estados do Pará, Paraná, Bahia, Goiás e Rio Grande do Norte. Segundo o ministério, os critérios levaram em consideração o porte populacional e a alta taxa de transmissão local.

O governo também irá priorizar esses municípios no envio de vacinas, ampliando a cobertura entre os moradores que ainda não tomaram a primeira ou segunda dose do imunizante. A estratégia inclui a busca ativa de pessoas não vacinadas e a utilização de doses com validade próxima do vencimento, como já vinha sendo autorizado desde fevereiro.

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